Tulia Ackson, tanzaniana, foi eleita por três anos presidente da União Interparlamentar

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

Tulia Ackson concorreu no pleito eleitoral, que decorreu à margem da 147.ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), com as candidatas Adji Kanoute (Senegal), Catherine Hara (Malawi), e Marea Hagi (Somália).

A Tanzaniana torna-se, assim, a primeira mulher africana na presidência da UIP, sucedendo o deputado português e presidente cessante, Duarte Pacheco. 

Na sua primeira reacção, a vencedora que é também escritora prometeu trabalhar para fazer da UIP uma organização mais transparente e responsável.

A União Inter-parlamentar (UIP) exortou, os Países ao reforço do Estado de direito, para a promoção da boa governação, incluindo a gestão do erário em prol do bem comum.

A exortação vem expressa na Declaração de Luanda da 147ª Assembleia da UIP que decorreu sob o lema “Acção parlamentar, justiça e instituições fortes”.

O reforço do Estado de direito deve estar, segundo a Declaração de Luanda, no centro da acção dos Parlamentos, no sentido de se promover a boa governação e a transparência na gestão pública.

A Declaração de Luanda exorta, por outro lado, os Parlamentos a uma responsabilidade colectiva para a implementação das questões abordadas ao longo do Debate Geral.

A boa governação é, deste modo, considerada, na Declaração de Luanda, essencial para o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos em 2015, tendo os parlamentos um papel chave a desempenhar neste sentido.

Em entrevista à imprensa, a deputada angolana e porta-voz do evento, Idalina Valente, fez um balanço positivo da actividade.

É a segunda vez que um País de expressão portuguesa organiza esta reunião, sendo que a última vez ocorreu há 63 anos, no Brasil.

A UIP é, actualmente, o principal interlocutor parlamentar das Nações Unidas e leva a voz dos Parlamentos aos processos de tomada de decisão das Nações Unidas, apresentando regularmente as suas resoluções na Assembleia Geral, realizando declarações, participando em debates e organizando reuniões parlamentares sobre os temas principais da agenda da ONU.

É considerada como a organização política internacional pioneira, conta com mais de 170 Parlamentos nacionais afiliados e 12 Assembleias parlamentares regionais associadas.