Welket Bungué - Uma revelação africana da arte cinematográfica
Dulce Araújo - Vatican News
Nasceu na Guiné-Bissau, mas cresceu e estudou em Portugal, onde estava bem integrado, mas acaba por sentir a chamada das raízes ancestrais africanas e por questionar as relações centro-periferia numa dialética em que o conceito de periferia assume para ele (cidadão ligado a várias realidades geográficas e culturais: Guiné, Portugal, Brasil, Alemanha) um outro significado.
Ávido pelo conhecimento da cultura guineense-africana e afrodiaspórica, para cujo engrandecimento deseja contribuir com a sua arte, Welket Bungué não se subtrai, todavia, à responsabilidade que a pertença ao mundo enquanto “corpo periférico” comporta. Daí que autorrepresentação e periferia sejam conceitos centrais na sua filosofia de vida e de arte. Para ele a arte deve, de facto, criar fricção, reflexão que leve a dialogar com as problemáticas da África no contexto mundial.
Em entrevista ao Programa “África em Clave Cultural: personagens e eventos”, onde não faltou a crónica do poeta, ensaísta e editor, Filinto Elísio, sobre este artista, Welket Bungué dá uma ampla panorâmica das suas reflexões sobre a vida como africano, como artista, como cidadão de um mundo que interpela a responsabilidade de todos.
E o livro “Corpo Periférico” faz o ponto da situação das suas reflexões, mas ele promete não ficar por esse livro. O próximo será também sobre a temática do corpo não já em estilo biográfico, mas de romance.
Oiça aqui o programa com a crónica e uma parte da entrevista com o Welket Bungué:
E aqui a entrevista na integra:
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