Em Moçambique não se vai dar bênção a uniões irregulares
Dulce Araújo - Vatican News
É a reação da CEM à Declaração Fiducia supplicans sobre o significado pastoral das Bênçãos, publicada a 18 de dezembro de 2023 pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, e que autoriza o ministro ordenado a abençoar casais irregulares ou do mesmo sexo. Este facto - escreve a CEM - “está a provocar no meio das nossas comunidades cristãs, e não só, questionamento e perturbações.”
Perante isto, a CEM dá quatro breves indicações:
Em primeiro lugar afirma que “a doutrina sobre o matrimónio e a família permanece inalterada” e que a celebração do sacramento do matrimónio “não pode ser substituída de nenhum modo com uma bênção, como acontece nalgumas igrejas não católicas.”
Em segundo lugar, as pessoas que vivem uma situação de união irregular “não devem ser afastadas da comunidade cristã, mas devem ser ajudadas, como todo o fiel, a adequar a sua vida à vontade de Deus por meio da proximidade da Igreja que conforta, cuida e infunde coragem.”
O terceiro ponto evidência que o próprio documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, a fim de evitar qualquer “confusão entre matrimónio e o que o contraria”, “não admite para esta bênção nenhuma forma ritual.”
A Declaração Fiducia supplicans esclarece ainda, frisam os Bispos de Moçambique no quarto ponto das suas indicações, “que a bênção apresentada como possível a ser invocada sobre uma união irregular ou do mesmo sexo, não pretende legitimar estas uniões.”
Tendo tudo isto presente, a CEM “exorta todos os ministros ordenados para que manifestem proximidade e acompanhamento a quem vive em uniões irregulares” e afirmam: “Nós, os Bispos, decidimos que em Moçambique não se dê a bênção a uniões irregulares e uniões do mesmo sexo”.
“Que o modelo de Igreja Família de Deus continue a ser o que inspira o nosso ser Igreja em Moçambique, e que Maria, Rainha da Família, guie e proteja as nossas famílias” - conclui a Nota Pastoral da CEM, assinada pelo Presidente, Dom Inácio Saúre, Arcebispo de Nampula.
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