Gana: A Igreja na linha da frente na assistência aos migrantes
Cidade do Vaticano
O Núncio reafirmou o compromisso da Igreja Católica com a proteção e assistência das pessoas vulneráveis, independentemente da sua origem e crenças religiosas, e afirmou que estas, incluindo as pessoas deslocadas, os pobres e as pessoas consideradas "indesejáveis", são caras ao Papa Francisco, que na sua pregação, ensinamentos e programas tem constantemente apoiado e pedido conforto e apoio para essas pessoas.
"É claro que a nossa missão como Igreja Católica é espiritual, o nosso objetivo é a salvação da alma", disse Dom Jagodzinski. "Mas, como escreve São Tiago na sua carta, a fé sem obras está morta e devemos não só proclamar o amor ao próximo, mas também fazer algo por ele."
No dia 22 de fevereiro, o Núncio Apostólico visitou os Centros de Acolhimento e reassentamento para requerentes de asilo em Tarikom, no distrito de Bawku ocidental, para obter informações em primeira mão sobre a situação dos refugiados vindos principalmente de Burkina Faso, de onde fugiram devido a ataques jihadistas.
Stephen Yakubu, ministro regional do Alto Oriente e presidente do Conselho de Segurança Regional, disse que mais de 1.160 requerentes de asilo foram transferidos para centros de acolhimento e reassentamento e elogiou a Igreja Católica, especialmente a diocese de Navrongo-Bolgatanga, por ajudar a gerir a situação.
A Igreja Católica no Gana presta assistência tanto a migrantes internos como a refugiados de países vizinhos. No primeiro caso, trata-se predominantemente de mulheres, jovens vulneráveis (especialmente menores) que migram das zonas rurais para as urbanas, geralmente de norte a sul. Para ajudar estas pessoas, é mobilizada uma rede que inclui várias Congregações e organizações; os Salesianos (SDB), as Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo (SSpS) e as Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.
No segundo caso, além dos requerentes de asilo no Gana que fogem das ameaças jihadistas nos Países vizinhos, a Igreja também ajuda vários migrantes que atravessam o deserto em busca de destinos internacionais para além do Gana, e está especialmente empenhada com "Justiça e Paz" contra o tráfico de seres humanos – com a Agência Fides.
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