Situação militar no leste da RDC nas preocupações da 37ª Cimeira da União Africana
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
A União Africana apelou ao M23, às FDLR e a outros grupos armados que operam no Leste da RDC que cessem, incondicionalmente, as hostilidades, se desarmem e encetem o diálogo por meio dos processos de Luanda e Nairobi, sob a liderança do Presidente João Lourenço (de Angola) e do antigo estadista queniano Uhuru Kenyata, a fim de consolidar os progressos alcançados até à data.
O apelo consta no comunicado final da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização que encerrou, domingo 18, em Adis Abeba, Etiópia.
No documento, a União Africana manifestou profunda preocupação com a deterioração da situação humanitária e de segurança naquela região e condenou os ataques contínuos contra civis.
Recordamos que na última sexta-feira, 16, o Presidente João Lourenço convocou uma Cimeira extraordinária na sede da UA, que colocou frente a frente os Presidentes da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e do Ruanda, Paul Kagame, para debater a situação de paz no leste da RDC.
No final do encontro o estadista angolano disse que o conflito no leste da RDC pode afectar os dois Países que se acusam mutuamente, nomeadamente a RDC e o Ruanda, assim como a região da SADC.
E Angola assumiu, neste sábado 17, na capital etíope, Addis Abeba, a 1ª vice-presidência da União Africana (UA), abrindo assim as portas para a preparação da sua candidatura à presidência rotativa anual da organização continental, pela região da África Austral, a partir de 2025.
A cerimónia de eleição de Angola para o cargo aconteceu na sede da União Africana, na capital etíope, durante a abertura da 37ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, testemunhada por mais de trinta líderes políticos africanos
O ministro angolano das relações exteriores Teté António diz que a vice-presidência de Angola vai preparar o País a uma responsabilidade maior.
E o presidente de Cabo Verde, José Maria das Neves, reconheceu que a UA precisa de Angola em função da sua experiência na resolução de conflitos.
A mesma opinião foi partilhada pelo diplomata Ovídeo Pequeno, representante da UA na Guiné-Bissau.
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