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José Luís Hopffer Almada - Poeta cabo-verdiano José Luís Hopffer Almada - Poeta cabo-verdiano 

José Luís Hopffer Almada – Poeta de Excelência

Na quadra do Dia Mundial da Poesia, o poeta José Luís Hopffer Almada, considerado um poeta de excelência da geração cabo-verdiana pós-Independência, revela-nos o seu percurso poético, iniciado em finais dos anos 80. Solicitado a falar da diferença entre poesia clássica e poesia moderna, oferece uma verdadeira lição, dando como exemplo diversos poetas. O quadro do seu percurso como poeta, ensaísta e promotor da cultura, é completado pela crónica do também poeta, ensaísta e editor, Filinto Elísio.

Dulce Araújo - Vatican News

A crónica de Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora) que aqui disponibilizamos, dispensa de ulteriores palavras sobre o percurso do poeta, José Luís Hopffer Almada, a não ser as dele próprio que aqui também se podem ouvir na emissão "África em Clave Cultural: personagens e eventos" do Dia Mundial da Poesia, ocorrido a 21 de março. 

Crónica de Filinto Elísio

José Luís Hopffer Almada – Poeta de Excelência da geração cabo-verdiana pós Independência

Oiça

Por ocasião do Dia Mundial da Poesia, em que se salienta a importância da poesia enquanto manifestação artística comum a toda a Humanidade, celebramos com o poeta cabo-verdiano José Luís Hopffer Almada, a criatividade, a pluralidade linguística e a diversidade cultural, bem como o ensino e a declamação da poesia, este que é um dos poetas de excelência da geração pós-independência de Cabo Verde, ocorrida em 1975.

José Luís Hopffer Almada, que de sua ortónima persona ladrilha o brilho dos heterónimos, é um dos melhores poetas (e ensaístas) desta nossa geração, que, pelos sinais, vai deixando pegadas marcantes no historial da literatura cabo-verdiana.                                        

Os seus vários nomes literários são Nzé de Sant’y Ago, Ezeami di Sant’y Águ, Alma Dofer Catarino e Erasmo Cabral de Almada, para a escrita de poesia e, Dionísio de Deus y Fonteana, para a escrita de textos de ficção e de prosa literária, bem ainda o de Tuna Furtado para a escrita de artigos e de ensaios de intervenção cultural.

Jurista, ensaísta e poeta, foi analista e comentador residente do Debate Africano da RDP-África (assuntos relativos à atualidade de Cabo Verde, dos países lusófonos e africanos) durante mais de vinte anos.

Nasceu em Pombal, Santa Catarina, na ilha de Santiago, Cabo Verde, a 9 de Dezembro de 1960, ele fez os estudos primários na então vila da Assomada, e os estudos secundários no Liceu Domingos Ramos na cidade da Praia.

Licenciado em Direito pela Universidade Karl Marx, de Leipzig, e pós-graduado em Ciências Jurídicas, em Ciências Jurídico-Políticas e Jurídico-Internacionais e em Ciências Jurídico-Urbanísticas pela Faculdade de Direito de Lisboa, foi Técnico Superior da Secretaria-Geral do Governo, da Secretaria de Estado da Promoção Social, do Instituto Nacional da Cultura e do Instituto Nacional da Investigação e do Património Culturais. Desempenhou igualmente as funções de Diretor do Gabinete de Assuntos Jurídicos e Legislação da Secretaria-Geral do Governo.

Associado a diversas iniciativas culturais em Cabo Verde, como o Movimento Pró-Cultura (1986), o suplemento cultural Voz di Letra do jornal Voz di Povo (1986-1987) e a revista Pré-Textos, foi diretor da revista Fragmentos (1987-1998), cofundador da Spleen-Edições (1993), dirigente da Associação de Escritores Cabo-Verdianos (1989-1992/1998) e cofundador da Academia Cabo-Verdiana de Letras.

A par disso, José Luís Hopffer Almada integrou várias instituições culturais em Cabo Verde, com destaque para o Instituto Nacional da Cultura, a Comissão Nacional para a Apreciação do Acordo Ortográfico do Rio de Janeiro sobre a língua portuguesa e o Grupo para a Padronização do Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-Verdiano.

Foi ainda sucessivamente membro, vice-presidente e presidente da Direção da Associação Cabo-verdiana de Lisboa, tendo sido responsável pela sua área cultural durante nove anos (de 2011 a 2020). É criador e coordenador do Grupo Poético TAPOÉ, com forte participação nos eventos culturais cabo-verdianos de Lisboa.

Organizou Mirabilis – de Veias ao Sol (Antologia dos Novíssimos Poetas Cabo-Verdianos (1998) e O Ano Mágico de 2006 – Olhares Retrospetivos sobre a História e a Cultura Cabo-Verdianas (2008).

Publicou ainda os seguintes livros: À Sombra do Sol, Volumes I e II, (1990); Assomada Nocturna (1993), Assomada Nocturna – Poema de NZé di Sant’ y Águ (2005); Praianas-Revisitações do Tempo e da Cidade (2009), Rememoração do Tempo e da Humidade (Poema de Nzé de Sant´y Ago) (2015/2016), Sonhos Caminhantes (2017), Germinações e Outras Restituições de Março (2019), Deflagrações (2021) e Sombras (2023).

Representado em diferentes antologias poéticas nacionais e estrangeiras, é autor de vários estudos e ensaios nas áreas da Literatura, da Cultura, do Direito e da Política.

Condecorado com a Medalha de Mérito Cultural de Primeira Classe, do Governo de Cabo Verde, e com a Medalha da Ordem do Vulcão, outorgado pelo Presidente da República de Cabo Verde.

" Africa em Clave Cultura: personagens e eventos"

Oiça aqui a emissão com palavras de José Luís Hopffer Almada

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25 março 2024, 12:31