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Ir. Graça Guitate A. Cuamba, FCIM, no momento da dissertação, na Pontifícia Faculdade "Auxilium" de Roma Ir. Graça Guitate A. Cuamba, FCIM, no momento da dissertação, na Pontifícia Faculdade "Auxilium" de Roma 

Ir. Graça Guitate: “por uma pastoral juvenil e catequese inculturada em Moçambique"

Após três anos de percurso formativo em Educação Religiosa, em vista à especialização em Pastoral Juvenil Catequética, a Ir. Graça A. Guitate Cuamba, FCIM, teve a sua primeira Licenciatura sobre a Catechesi Tradendae de João Paulo II e a importância deste documento para uma catequese inculturada na Diocese de Pemba (em Cabo Delgado, norte de Moçambique).

P. Bernardo Suate – Cidade do Vaticano

O acto académico teve lugar na última segunda-feira, 24, na Faculdade Pontifícia de Ciências da Educação “Auxilium”, numa cerimónia que contou com a presença de representantes do Corpo Diretivo da Faculdade, estudantes e convidados. “Eu hoje estou feliz porque fiz a minha primeira Licenciatura em Educação Religiosa e, para mim, é uma honra e motivo de alegria e gratidão”, disse a religiosa no fim do acto da defesa com o qual conclui esta fase formativa.

Catechesi Tradendae e a identidade do catequista

Tema da dissertação foi a “Tomada em Consideração da Exortação Post-Sinodal Catechesi Tradendae no Diretório para a Catequese de 2020”, que a Ir. Guitate considera importante sobretudo pelos interessantes conteúdos deste documento publicado por São João Paulo II em 1979, particularmente no que se refere à catequese: “é uma Exortação muito rica, por exemplo, quando fala da identidade do catequista, ela diz que o catequista deve ser aquela pessoa que deve ajudar o catequisando a tirar fora ou a seguir estes mistérios, a seguir este Jesus, com fé”, enfatiza a religiosa.

Ir. Graça Guitate A. Cuamba, FCIM, com o júri da dissertação "Catechesi Tradendae no Diretório para a Catequese de 2020"
Ir. Graça Guitate A. Cuamba, FCIM, com o júri da dissertação "Catechesi Tradendae no Diretório para a Catequese de 2020"

Inculturação da catequese na diocese de Pemba

Além disso, prossegue a Ir. Graça, na Exortação existem muitos conteúdos que também podem ser muito importantes para a sua Diocese (Pemba) como, por exemplo, quando o documento fala da cultura e a inculturação na catequese: é importante falar da cultura e da inculturação, olhando para a realidade concreta (e estou a falar da província de Cabo Delgado), afirma a religiosa, enfatizando que a própria Diocese de Pemba dispõe de um Diretório Diocesano, “fruto da inculturação do Diretório Nacional na nossa própria cultura e na nossa realidade, na nossa língua, para ser verdadeiramente nosso”. Na verdade, a catequese deve-se inculturar nas nossas próprias raízes, e o próprio documento reafirma que que os leigos, e em particular os catequistas leigos, são eles que devem levar para frente o processo da catequese, explica a religiosa.

Ir. Graça Guitate observa ainda que, segundo a “Catechesi Tradendae”, os Bispos são os primeiros Catequistas da Diocese, do mesmo modo os religiosos e os sacerdotes, que bem conhecem a realidade das Paróquias, “pois a catequese engloba a todos, todos têm o direito de ajudar o cristão que inicia a compreender estes conteúdos do mistério da fé”.

Reforçar pastoral juvenil catequética em Cabo Delgado

Sobre os próximos passos após esta Licenciatura, Ir. Guitate Cuamba se mostra determinada em querer continuar com o Magistrado: “o Curso é de 5 anos, os três primeiros anos se destinam à Edução Religiosa, e depois se conclui com a Pastoral Juvenil Catequética”, diz ela, decidida a enfrentar os desafios, como tem vindo a fazer agora (problema da língua, integração num País que não é o teu ...): “sei que virão mais outros desafios mas, com a graça de Deus, consegui hoje terminar esta parte do percurso, sei que tudo é possível, e que vou prosseguir até terminar o Curso”.

O curso será muito importante para a Diocese de Pemba, é a convicção da Ir. Graça, que com ele espera ajudar não apenas a Diocese, mas também a própria Congregação, “se Deus quiser e se ainda tiver oportunidades”.

Por último, palavras de gratidão às tantas “pessoas presentes na minha defesa, neste dia tão especial para mim, e em que me senti honrada, senti que estavam presentes todas as minhas Irmãs e toda a Diocese”, concluiu a Ir. Graça, sem esquecer um encorajamento aos jovens, e em particular os que pensam que estudar não é importante: “aconselho que tudo é possível, é um desafio, sim, mas se pode alcançar”.

Oiça aqui a entrevista com a Ir. Graça, e partilhe

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27 junho 2024, 11:53