Guiné-Bissau: Eleições legislativas antecipadas em novembro 2024
Casimiro Cajucam - Bissau
A marcação das legislativas antecipadas para 24 de novembro vai contra a posição da maioria dos partidos representados na Assembleia Nacional Popular, que continuam a exigir a reabertura do Parlamento e a realização ainda este ano das eleições presidenciais e não legislativas, além da consequente eleição de novos dirigentes da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Supremo Tribunal de Justiça.
A primeira vice-presidente do PAIGC, Dam Yalá, reforçou a posição da Plataforma Inclusiva PAI Terra Ranka, vencedora das últimas legislativas realizadas.
“Exigimos também que se façam eleições no Supremo Tribunal de Justiça e a convocação das eleições presidenciais, porque a partir de fevereiro de 2025 entraremos na caducidade”, assinalou e disse que esta continuará a ser a posição da coligação.
Augusto Gomes, vice-presidente da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), partido do ex-primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, também defendeu a realização das eleições presidenciais em observância à Constituição da República.
“As eleições que deverão ocasionar o novo Presidente eleito deve acontecer em finais do ano 2024. São essas eleições que a APU-PDGB espera que sejam marcadas pelo Chefe de Estado, para estar em conformidade com a Constituição e com as leis para que não haja situações que possam criar um quadro que não nos une como guineenses”.
O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G15), liderado por Braima Camará, compartilha a mesma opinião da PAI-Terra Ranka. O porta-voz do MADEM G15, Abel da Silva, solicitou a reconsideração do calendário eleitoral, pois, no entendimento do partido, o presidente está no fim do seu mandato.
A ala do Partido da Renovação Social liderada por Félix Nandunguê afirmou que o partido está preparado e participará nas eleições legislativas.
“O PRS é um partido de terreno. Participou em várias eleições, portanto está preparado para concorrer às eleições legislativas”, assegurou.
O Partido dos Trabalhadores Guineenses, liderado pelo atual ministro do Interior, também concorda com a data proposta pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló para a realização das legislativas. Segundo o porta-voz do partido, Secuna Baldé, as eleições presidenciais devem ser realizadas apenas no próximo ano.
“O PTG aceitou a data proposta pelo Chefe do Estado para a realização das eleições legislativas e que está preparado para participar”, concluiu.
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