Malawi. Arcebispo aos Consagrados: “Reformar os aspectos que se afastam do Evangelho”
Cidade do Vaticano
Segundo se lê no portal da agência CISA África, o Jubileu de Ouro da ACWECA é celebrado sob o tema “Formação holística transformadora para uma vida autêntica rumo a uma evangelização mais profunda na região da ACWECA e além”. A assembleia em Lilongwe marca os 50 anos desde a criação da ACWECA, em 1974. A associação regional representa Congregações religiosas femininas em dez países da África Oriental e Central: Eritreia, Etiópia, Quénia, Malawi, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zâmbia, tendo o Zimbabwe como membro associado.
Na sua homilia no Estádio CIVO de Lilongwe, Dom Tambala sublinhou o significado do Evangelho da Transfiguração, afirmando que “a Transfiguração revela o mistério da Encarnação e da Ressurreição”. O prelado encorajou igualmente os fiéis a abraçarem a sua identidade sagrada, declarando que “toda a vida consagrada é uma participação na Encarnação” e que “somos tesouros de barro, chamados a colaborar na redenção do mundo”.
O Arcebispo também exortou a nos concentrarmos na orientação divina, comparando-a ao conselho de Maria em Caná: “fazer o que Jesus vos disser”; alertou contra a superficialidade na vida consagrada, sublinhando que “devemos evitar a todo o custo a ostentação”; e recordou aos participantes o exemplo de humildade de Jesus, observando que “o próprio Jesus recusou ser um espetáculo: uma e outra vez, retirou-se quando tentaram fazê-lo rei”.
Dom George Desmond Tambala comparou, enfim, o caminho da vida consagrada a uma “estrada menos percorrida”, enfatizando que “sois escolhidos, como os apóstolos, para estar com Ele, e o objetivo principal da vossa vocação é estar com Jesus, pois não existe vida consagrada sem Cristo”.
O arcebispo de Lilongwe concluiu advertindo a todos contra a tentação do conforto e da facilidade, fazendo referência à voz de Pedro no topo da montanha, “Senhor, permite-nos erguer três tendas”, e observou: “A facilidade é uma ameaça ao progresso, assim como o conforto e a auto-idolatria o são para a vida espiritual” – com CISA África.
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