Guiné-Bissau incinera toneladas de cocaína em operação conjunta com a Interpol
Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Bissau
A operação envolveu a colaboração da INTERPOL e foi descrita como uma das maiores do país nos últimos tempos no combate ao narcotráfico. As autoridades utilizaram, pela primeira vez, um forno elétrico para a incineração da maior parte da droga, enquanto outra parte foi queimada de maneira tradicional, numa cerimónia que gerou satisfação entre os participantes.
O diretor da Polícia Judiciária, Domingos Correia, destacou a importância da operação, sublinhando que a instituição está a trabalhar em estreita colaboração com os parceiros internacionais e sem qualquer tipo de pressão.
"Estamos a seguir o nosso plano estratégico em articulação com a INTERPOL e outras entidades, sem interferências externas", afirmou Correia. Ele também revelou que, apesar do sucesso da operação, houve tentativas por parte dos advogados de defesa de reduzir a quantidade oficial de droga apreendida, o que poderia impactar o processo legal.
Em resposta a esta operação, a Liga Guineense dos Direitos Humanos elogiou a transparência e a condução dos trabalhos por parte da PJ, mas levantou preocupações sobre o desfecho judicial do caso.
A organização teme que os envolvidos no tráfico possam ser libertados sem que a justiça seja plenamente cumprida, recordando episódios passados, como os casos Navarra e Carapau, onde os traficantes conseguiram escapar sem uma punição adequada.
A cerimónia de incineração foi acompanhada por representantes de organismos internacionais, incluindo Cristina Andrade, da Organização das Nações Unidas de Luta Contra Drogas e Crime Organizado. Andrade saudou o trabalho da PJ e expressou a esperança de que o caso receba o devido seguimento nas instâncias judiciais do país, de modo a fortalecer a luta contra o narcotráfico.
As drogas foram incineradas na presença de representantes da sociedade civil e organismos internacionais, garantindo transparência ao processo. Cinco pessoas foram detidas no momento da apreensão, e permanecem sob custódia enquanto aguardam os trâmites legais. O caso continua a ser monitorado por autoridades nacionais e internacionais, que estão focadas em garantir que os responsáveis sejam levados à justiça.
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