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Fórum de cooperação entre a África e a China decorre em Beijin Fórum de cooperação entre a África e a China decorre em Beijin   (ANSA)

IX Fórum China-África 2024 a decorrer em Pequim

Cinquenta e quatro representantes africanos, incluindo numerosos chefes de Estado e de Governo, assim como largas centenas de ministros estão reunidos em Pequim no IX Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). O encontro tem lugar de 4 a 6 de setembro de 2024.

Sãozinha Vaz - Vatican News 

"Juntando as mãos para avançar na modernização e construir uma comunidade de alto nível China-África com um futuro compartilhado”, é o lema escolhido pela China para esse Fórum, que visa celebrar a amizade e traçar o caminho a seguir para a cooperação entre as duas partes.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Chen Xiaodong, indica que a cimeira deste ano terá quatro reuniões de alto nível sobre os temas da governação estatal, industrialização e modernização agrícola, paz e segurança, e cooperação de alta qualidade. Temas esses, que permitirão a todas as partes trocar opiniões sobre questões de relevo na cooperação China-África, discutir de forma mais profunda as preocupações reais e construir consensos sobre o desenvolvimento - acrescentou.

Segundo informações da Inforpress, o Governo chinês acredita que o atual Fórum vai superar as anteriores, nomeadamente as cimeiras de Beijing (em 2006 e 2018), passando pela de Joanesburgo (2015) e que representa o maior evento diplomático organizado pela China nos últimos anos, com a maior participação de líderes estrangeiros.

Muitos analistas foram contactados pela agência Lusa, para analisar o nono Fórum de Cooperação China-África e os possíveis ganhos para ambas as partes.

Paul Nantulya, investigador do Africa Center for Strategic Studies (ACSS), especialista em relações África-China, sublinha que há mais presidentes africanos a participar neste Fórum do que na Assembleia Geral da ONU, que é a maior cimeira do mundo. O FOCAC é o ponto mais importante do calendário diplomático de África”.

Por sua vez, Jana de Kluiver, investigadora do Institute for Strategic Studies (ISS), alerta que apesar das numerosas representações de alto nível e do “reforço do prestígio” deste FOCAC em relação ao anterior, em Pretória, esta primeira cimeira pós-covid não será marcada pelo aumento da “dimensão do investimentos” anunciados. Em primeiro lugar - refere - porque a China “está consciente do problema da dívida em África e da forma como a situação se apresenta a nível internacional”, e depois, porque se espera este ano um maior envolvimento do setor privado, o que “coloca uma maior ênfase na rentabilidade dos projetos, implicando projetos mais pequenos, com um retorno mais rápido”.

Em contrapartida, Kluiver acredita que se irá assistir ao anúncio do investimento em projetos de energias renováveis e no aumento de projetos relacionados com o "Crescimento Verde".

A cimeira China-África tem lugar desde o ano 2000 com uma periodicidade trienal.

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04 setembro 2024, 17:47