RD Congo. Missa de acção de graças encerra I Assembleia Geral da COSUMA
Fabrice Bagendekere, SJ - Cidade do Vaticano, com Jean Baptiste Malenge - Kinshasa
Durante a assembleia se fez a leitura de uma mensagem dos 184 participantes. O encontro centrou-se em quatro grandes temas de reflexão. A receção do Congresso Eucarístico Nacional que se realizará em Lubumbashi em 2023; os frutos da visita apostólica do Papa Francisco ao país; o Jubileu de 2025 e a sinodalidade. Os frutos destas reflexões foram expostos numa mensagem dirigida a todas as pessoas consagradas deste país da África Central. Durante a mesma sessão, a nova equipa de liderança foi colocada em prática após três anos de presidência pelo Padre Jesuíta Rigobert Kyungu e pela Irmã Rita Yamba, Filha de São Paulo.
Não podemos anunciar Cristo se não o conhecemos
Para assinalar a ocasião, foi celebrada uma missa solene na catedral de Notre Dame du Congo, presidida por D. Charles Ndaka, bispo auxiliar e vigário geral da arquidiocese de Kinshasa. Na sua homilia, o prelado começou por recordar aos religiosos reunidos a importância da prática da lectio divina e, em particular, da leitura meditativa dos Evangelhos. “Não podemos anunciar Cristo se não o conhecemos. Se não lermos os quatro Evangelhos, não podemos conhecer verdadeiramente Jesus”, afirmou.
Na sua pregação, o bispo tomou como ponto de partida o carácter de São Lucas, cuja festa foi celebrada no mesmo dia - 18 de outubro. Dom Ndaka destacou então as virtudes deste companheiro de Paulo: fidelidade e lealdade, referindo-se à carta que Paulo escreveu a Timóteo: “Lucas é o único que está comigo, enquanto muitos me abandonaram” (2 Tm 4,10). O prelado da Igreja abordou também a particularidade do terceiro Evangelho. Este Evangelho põe em evidência a misericórdia divina, o lugar de Maria na salvação e a abertura ao mundo inteiro”, disse.
Uma nova equipa de direção para a COSUMA
Um dos pontos da ordem do dia desta primeira assembleia de superiores maiores foi a renovação da equipa de direção. A missa de encerramento também serviu de ocasião para a passagem da tocha entre a antiga e a nova equipa eleita para a presidência da Conferência. O Padre Redentorista Jean-Robert Diyabanza sucedeu ao Jesuíta Rigobert Kyungu como presidente nacional, enquanto a Filha de S. Paulo Rita Yamba foi reeleita como vice-presidente nacional. Ao mesmo tempo, houve uma mudança na província eclesiástica de Kinshasa. O padre carmelita descalço Albert Tampwo sucedeu ao missionário de Picpus Camille Nsapu, enquanto a irmã de Santo André Catherine Nsiami sucedeu a Alice Lukowo da congregação das irmãs de Santo Domingo. O mesmo processo de renovação continuará nas outras províncias eclesiásticas do país.
Spes non confundit
Antes do final da Eucaristia, o novo presidente da conferência leu a mensagem aos religiosos do País. “A esperança não desilude, porque o amor de Deus se derramou no Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Este foi o ponto culminante do discurso que os Padres e Mães Superiores Maiores e delegados, reunidos durante 5 dias no Theresianum de Kinshasa, quiseram dirigir aos ouvidos e aos corações dos seus confrades e irmãs, insistindo na sinodalidade a que a Igreja é convidada nestes dias. Este discurso reflete o contexto da Igreja na República Democrática do Congo, um país ainda assolado por crises multidimensionais. A esperança, afirmam os Padres e as Mães, é o maior testemunho que os consagrados e as consagradas devem dar ao povo congolês, que hoje vive no desespero. Spes non confundit é também o tema escolhido pela Igreja universal para o ano jubilar de 2025.
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