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Professor Dr. Padre Filipe Sungo, Reitor da Universidade Católica de Moçambique (UCM) Professor Dr. Padre Filipe Sungo, Reitor da Universidade Católica de Moçambique (UCM) 

“Conselho Constitucional deve despir-se da capa política”: defende Reitor da UCM

Moçambique vive uma crise pós-eleitoral desde o anúncio dos resultados parciais das eleições gerais, legislativas e das assembleias provinciais, que tiveram lugar no dia 9 de outubro do ano em curso, e o Reitor da Universidade Católica de Moçambique, Professor Doutor Padre Filipe Sungo, afirma que os Juízes do Conselho Constitucional devem despir-se da capa política e serem mais profissionais.

Rogério Maduca – Beira, Moçambique

Recentemente os órgãos eleitorais divulgaram os resultados do apuramento central deste processo, e os dados avançados deram vitória ao candidato suportado pelo partido no poder no país, Daniel Chapo. E desde então, em vários pontos de Moçambique registram-se manifestações em contestação aos resultados, uma situação que já resultou em várias mortes e feridos, incluindo detidos.

Reagindo à situação nesta terça-feira (05/11), o Reitor da Universidade Católica de Moçambique (UCM), Professor Doutor Padre Filipe Sungo, propôs aos líderes de diferentes sectores à promoverem acções de sensibilização da população para que não haja mais violência.

Numa altura em que os moçambicanos aguardam a validação dos resultados das eleições deste ano, pelo Conselho Constitucional, o dirigente da UCM apela ao órgão a ser mais profissional e técnico, despindo-se da capa política, com vista a honrar os moçambicanos.

O Padre Filipe Sungo, defende também a necessidade de mediação de um diálogo entre as partes envolvidas, considerando o histórico da capacidade de dialogar que caracteriza os moçambicanos, e que através desta seja reposta a verdade eleitoral, pois é a verdade que liberta.

De referir que esta quinta-feira, 7, a capital do país, Maputo está paralisada devido à intensificação das manifestações, que por vezes resultam em feridos devido aos disparos de gás lacrimogénio e balas de borracha efectuados pelas forças de defesa e de segurança. A circulação de pessoas e bens em quase todo país acontece de forma tímida e em vários lugares nota-se uma presença policial, com vista a conter a onda de manifestações pacificas, numa altura em que o acesso à internet é limitado em todo país.

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07 novembro 2024, 13:04