Angola: nova divisão política administrativa
Anastácio Sasembele - Luanda
Icole Bengo (que surge da divisão da província de Luanda), Cuando (que surge da divisão do Cuando Cubango), e Moxico Leste (que emerge da divisão da província do Moxico) são as três novas províncias que resultam desta nova divisão política e administrativa. Em relação as municipalidades, o país passa de 164 para 326 novos municípios e 378 comunas.
O ministro angolano da administração do território Dionísio da Fonseca diz que a nova divisão política administrativa não tem como finalidade dividir os povos, mas sim diminuir as assimetrias regionais e promover o desenvolvimento harmonioso do território nacional.
A nova divisão política administrativa foi proposta pelo executivo liderado pelo presidente da república João Lourenço e mereceu acesos debates na sociedade, sendo rejeitada pelo maior partido na oposição a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) e por alguns sectores da sociedade civil angolana que há muito advogam pela implementação das autarquias que segundo os mesmos tarda a ser instituída.
O presidente da UNITA afirma mesmo que a nova divisão política administrativa é um “expediente” que visa contrariar a “tendência irreversível da queda” do MPLA partido que sustenta o governo perante a sua “acentuada impopularidade”.
Adalberto Costa Júnior acrescenta que o partido no poder em Angola decidiu negar todos os discursos e promessas feitas durante a sua campanha eleitoral e “confessar que nunca teve na sua agenda a realização das autarquias”.
Angola passa de 18 para 21 províncias fruto da nova divisão política administrativa, assim sendo o país tem como províncias: Bengo, Benguela, Bié, Cabinda, Cuando, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cubango, Cunene, Huambo, Huila, Icole Bengo, Luanda, Lunda Sul, Lunda Norte, Malanje, Moxico, Moxico Leste, Namibe, Uige e Zaire.
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