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António Jacinto António Jacinto 

“António Jacinto: Obra reunida” é lançada hoje em Lisboa

Como diz o título, a obra dispersa do poeta angolano, António Jacinto, encontra-se agora reunida em livro. A iniciativa é do também poeta, Zetho Cunha, que lança o livro neste dia 4 de abril, em Lisboa, no âmbito de um colóquio sobre “António Jacinto: poeta e guerrilheiro” por ele coordenado e organizado pela Biblioteca Nacional Portuguesa. O dia e o ano são fortemente simbólicos para Angola: Dia da Paz e 50 anos de Independência. No colóquio participam estudiosos e amigos de António Jacinto.

Dulce Araújo - Vatican News

“António Jacinto: Obra reunida” é um amplo volume com um rico e variado conteúdo que vai de contos infantis escritos para o filho, a textos políticos, a entrevistas, a cartas para Agostinho Neto e Mário Pinto de Andrade, entre outras, assim como também depoimentos do filho - revelou-nos o coordenador da obra, Zetho Cunha Gonçalves, numa recente entrevista para o programa “África em Clave Cultural: personagens e eventos”. Na ocasião revelava igualmente que a obra seria lançada neste dia 4 de abril, data que escolheu por ser o Dia da Paz e da Reconciliação em Angola. Data que se junta ao ano cinquentenário da independência de Angola e ao centenário de nascimento de António Jacinto.

O lançamento do livro é em Lisboa, onde Zetho reside, mas afirma que acontecerá também em Luanda e, quiçá, mesmo no Tarrafal, em cuja notória prisão política, António Jacinto passou sete dos seus doze anos de reclusão. 

A Biblioteca Nacional Portuguesa, local do evento, reunirá, portanto, na tarde deste dia 4, estudiosos das obras de António Jacinto, escritores, familiares e amigos do poeta num colóquio organizado por essa instituição e coordenado pelo Zetho em homenagem ao seu compatriota.

Na entrevista, que partiu das razões e do conteúdo do livro António Jacinto: Obra reunida (Maldoror Editora), Zetho Cunha (sobre quem não falta a habitual crónica de Filinto Elísio, que o considera um escritor vasto e prolíxo) fala também da Angola de hoje à luz do ideário da Geração Mensagem a que António Jacinto pertenceu e também da relação entre agronomia e a sua própria obra poética.

Pode conferir tudo a emissão: 

Oiça

António Jacinto nasceu em Angola a 28 de setembro de 1924 e faleceu em Lisboa a 23 de junho de 1991. Poeta e cronista da Geração Mensagem, foi preso por questões políticas e enviado para a prisão do Tarrafal, em Cabo Verde. Libertado, acabou por fugir de Portugal para se juntar à guerrilha do MPLA, Movimento pela Libertação de Angola. Após a Independência, desempenhou vários cargos na governação do país, entre os quais o de Ministro da Educação e posteriormente da Cultura. Tinha muito a peito a questão da educação no país. Foi também cofundador da União dos Escritores Angolanos.  

Zetho Cunha Gonçalves
Zetho Cunha Gonçalves

Crónica sobre Zetho Cunha Gonçalves


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Zetho – Escritor angolano vasto e prolixo

O poeta, ensaísta, tradutor Zetho Gonçalves é um dos mais ilustres membros da União dos Escritores Angolanos.

Nasceu Zetho Cunha Gonçalves na cidade do Huambo, a 1 de Julho de 1960. Passou a infância e adolescência no Cutato (em Cuando-Cubango).

Fez seus estudos secundários no Colégio Alexandre Herculano, na cidade do Huambo, e Agronomia na extinta Escola de Regentes Agrícolas de Santarém, em Portugal.

Poeta, autor de literatura para a infância e juventude, ficcionista, organizador de edições, antologiador e tradutor de poesia.

Publicou uma dezena e meia de livros de poesia, entre os quais A Palavra Exuberante; Sortilégios da Terra: Canto de Narração e Exemplo; Rio sem Margem. Poesia da Tradição Oral; Terra: Sortilégios; Rio sem Margem. Poesia da Tradição Oral: Livro II; Noite Vertical, O Sábio de Bandiagara: Esconjuros, Ebriedades e Ofícios, O Leopardo Morre Com as Suas Cores, Alumbramentos e Os Meus Comboios.

Autor de diversos textos infantojuvenis, como Debaixo do arco-íris não passa ninguém, A caçada real, Brincando, brincando, não tem macaco troglodita, A vassoura do ar encantado, Rio sem margem, Poesia da tradição africana, Dima, o passarinho que criou o mundo: Mitos, contos e lendas dos países de língua portuguesa, A Minha Primeira Leitora, O Rio em Histórias, de Ninfa Parreiras, Com o Cágado Ninguém Brinca, in: Pássaros de Asas Abertas, de António Quino e Margarida Gil Reis, A Filha do Sol e da Lua e Aqui Há Dinossauro.

Ainda na poesia, traduziu O Desejo É Uma Água (Antonio Carvajal); Altazor: Canto II (Vicente Huidobro); 3 Poemas (William Carlos Williams); 22 Poemas (Joan Brossa); 15 Poemas (Rainer Maria Rilke); Sete Poemas (Friedrich Hölderlin) e Transversões.

Foi coordenador da página literária «Casa-Poema da Língua Portuguesa» no jornal Plataforma, de Macau, e da secção cultural da revista África 21.

Tem traduções para alemão, chinês, espanhol, hebraico e italiano, e colaboração dispersa por jornais e revistas de Angola, Brasil, Espanha, Itália, Macau, Moçambique e Portugal. Tem participado em vários colóquios e encontros literários em Portugal, Brasil, Cuba, Espanha e Itália.

Em 2018, o seu nome foi proposto para Prémio Nobel de Literatura. Em 2019, Noite Vertical, obra publicada em 2017, foi galardoada com o I Prémio dstangola/Camões.

Vive atualmente em Lisboa, dedicando-se inteiramente à criação poética e literária."

Crónica de Filinto Elísio - Poeta, ensaísta e editor - Rosa de Porcelana Editora.

 

 

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