Dom José L. Azcona: "Vocações nativas para a Amazônia"
Cristiane Murray - Marajó
Hoje, vamos à Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, propriamente é um arquipélago formado por centenas de rios e de ilhas. Somente a Prelazia do Marajó, situada na desembocadura do rio Amazonas, tem uma extensão similar à de Portugal e uma população de 300.000 habitantes.
As dificuldades que devem ser enfrentadas pela Igreja na região são enormes, a começar pela falta de clero. São poucos os padres que atendem esta imensa área, acessível em muitos casos apenas através do transporte fluvial.
O trabalho pastoral é desempenhado na maioria das vezes por leigos, a presença do padre se reduz a uma ou duas vezes por ano em muitas comunidades. Sem contar que o papel do padre ultrapassa as questões espirituais; muitas vezes ele é chamado a ajudar as pessoas a entenderem os direitos sociais, a tomar consciência, por exemplo, da importância do voto e a auxiliar as pessoas na luta por dignidade.
Tudo isso em uma região onde o desemprego, especialmente dos jovens, é alarmante, onde mais de 40% da população é analfabeta e onde o poder público é praticamente ausente.
Segundo o bispo emérito de Marajó, Dom José Luiz Azcona, é necessário cultivar vocações autóctones, nativas da região. E o Sínodo Pan-amazônico, programado para 2019, com Cristo em seu centro, será um sinal de esperança para a evangelização. “O povo reze por isso”, pede Dom José.
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