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Conferência Episcopal do Congo enviou 7 participantes da Rebac Conferência Episcopal do Congo enviou 7 participantes da Rebac 

Rebac: a resposta africana ao apelo do Papa pela Casa Comum

Dom Louis Portella Mbuyu ressaltou que as questões ambientais têm um impacto social, econômico e inevitavelmente espiritual na vida do povo: “Estar aqui é uma grande oportunidade. É uma alegria viver este momento de compartilhamento”

Cristiane Murray - Brasília

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e a Rede Eclesial da Bacia do Congo (Rebac) se reuniram em Brasília (DF) de 16 e 18 de novembro para juntas dialogar, consolidar um intercâmbio de experiências e buscar o fortalecimento recíproco.

O Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, ao acolher a delegação do Congo, enfatizou que o Brasil deve muito à cultura africana e ao espírito de solidariedade e partilha dos povos da África. E lembrou que, ao partilhar com a delegação esses dias de reunião, faz-se memória desta herança recebida.

Dom Louis Portella Mbuyu, bispo de Kinkala, no Congo-Brazzaville, ressaltou que as questões ambientais têm um impacto social, econômico e inevitavelmente espiritual na vida do povo. “Estar aqui é uma grande oportunidade. A África está presente no Brasil a partir da História. Não nos sentimos estrangeiros, sentimo-nos em casa. É uma alegria viver este momento de compartilhamento”, afirmou.

Dom Louis ressaltou admirar o engajamento da Igreja do Brasil no combate evangélico em relação aos impactos socioambientais na Amazônia.

“Temos a mesma preocupação com a Bacia do Congo, precisamos dar as mãos e caminhar juntos.”

"O Papa Francisco convida nos unirmos e viver de outra forma no planeta. Que o Senhor nos ajude a aproveitar dessa experiência. Para que juntos possamos responder ao apelo que nos faz o Papa”, observou.

O Secretário Executivo da Repam, Mauricio Lopez, expressou gratidão pela possibilidade de caminhar juntos: Rebac e Repam. “Os gritos da realidade são muito grandes e somos limitados para responder sozinhos”. Mauricio lembrou que o Papa convida a ouvir atentamente aos gritos da realidade. “A morte está acontecendo. As pessoas que estão nos territórios estão sofrendo muito pelos interesses de poucos que estão explorando recursos naturais. É um apelo a olhar para além das estruturas e limites e responder juntos”.

A assessora de Imprensa da Repam, Irmã Osnilda Lima, perguntou a Dom Antonio Mario da Silva, bispo de Roraima (RR), qual foi a importância do encontro destas duas Igrejas. Ouça a sua resposta:

Dom Antonio Mario da Silva

Rebac

A Rede Eclesial do Congo (Rebac) nasceu em novembro de 2015 e tem por objetivo principal ser uma voz no cuidado do entorno natural da Bacia do Rio Congo, buscando sensibilizar e incrementar o conhecimento e a compreensão sobre as mudanças climáticas, o compromisso na luta contra seus efeitos, a proteção da biodiversidade, a promoção de um modelo sustentável e o diálogo com outras redes internacionais.

A entidades fundadoras da Rebac são: a Comissão de Justiça, Paz e Desenvolvimento, Caritas África, Simpósio de Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam) e o Apostolado Social Jesuíta no Continente Africano.

O Rio Congo é o segundo maior rio da África depois do Nilo, e o sétimo do mundo, com uma extensão total de 4.700 quilômetros. É o primeiro da África e o segundo do mundo em volume de água.

Repam

A Rede Eclesial Panamazônica (Repam), foi fundada em setembro de 2014. Entidades fundadoras: Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Secretariado da América Latina e Caribe de Caritas (SELACC), Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR). 

A Rede abrange os nove países do bioma amazônico: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Seu objetivo é consolidar e fortalecer a ação evangelizadora da Igreja Católica na região amazônica, ouvindo os clamores dos povos, articulando, apoiando e visibilizando iniciativas de defesa da vida humana e da biodiversidade, possibilitando o intercâmbio de saberes e ações caracterizando um trabalho em rede.

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20 novembro 2017, 16:32