Sobe para 10 número de mortos no ataque contra igreja copta no Cairo
Cidade do Vaticano
Ao menos dez pessoas morreram na manhã desta sexta-feira durante o ataque contra a Igreja copta de Marmina, distrito de Helwan, sul do Cairo.
A informação é do Ministério da Saúde egípcio, explicando que as vítimas são dois policiais e oito civis cristãos coptas, além de um dos agressores. Cinco pessoas ficaram feridas no ataque, duas das quais em estado grave.
Já o Ministério do Interior divulgou uma nota informando que um dos agressores foi morto e outro fugiu em uma moto. Os dois policiais morreram durante a troca de tiros.
As forças de segurança realizam buscas do segundo agressor na região desértica próxima à igreja, referiu a Agência Mena. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Testemunhas oculares contam que policiais especializados enviados ao local desarmaram um cinturão explosivo que envolvia o peito do terrorista morto.
Fontes da Agência Asianews no local referem que a polícia isolou a área e bloqueou os acessos.
Um grupo de católicos que estava em uma casa do bairro para a tradicional troca de felicitações com famílias cristãs do lugar foi intimado a deixar “imediatamente” a área.
Os coptas preparam-se para a vigília do Ano Novo e para celebrar o Natal ortodoxo em 7 de janeiro próximo.
Há dias as autoridades já haviam elevado o nível de alerta e aumentado as medidas de seguranças por medo de atentados.
Os templos católicos estavam lotados de fiéis para o Natal, transcorrido sem incidentes.
O porta-voz da Igreja Católica no país, padre Rafic Greiche, havia declarado que “as atenções agora voltam-se para as celebrações da Igreja Copta Ortodoxa. A atenção é elevada e não estão excluídos ataques”.
O bispo copta católico emérito de Gizé, Dom Anba Antonios Aziz Mina, diz que "infelizmente para nós, os mortos correm o risco de transformarem-se números. Corremos o risco de nos habituarmos aos atentados, e o nosso coração corre o risco de tornar-se de pedra. Não pensamos mais às vidas que estão por trás dos números, a quanta tristeza entra dentro daquelas casas, para arruinar a serenidade das famílias, precisamente na iminência dos dias de festa".
"Não é verdade - continuou o prelado - que os terroristas cometem os atentados para assustar os turistas: eles querem apagar o nosso sorriso. Querem que vivamos todos na tristeza. Por isto agora, guardar o nosso coração e reavivar a nossa alegria, é um milagre que somente Jesus pode fazer".
Em uma nação de 95 milhões de habitantes de maioria muçulmana, os cristãos coptas representam 10% do total da população.
No último ano o país dos faraós registrou uma série de atentados sangrentos contra a comunidade cristã local. (Com Agências)
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui