Jovens de quarenta países participarão da etapa da “Peregrinação de confiança sobre a Terra” Jovens de quarenta países participarão da etapa da “Peregrinação de confiança sobre a Terra”  

Taizé, encontros europeus: a reflexão de um padre português

O Pe. Nuno Antunes é pároco do Bonfim no Porto em Portugal. Esteve 9 vezes em Taizé e participou em 14 encontros europeus. Em janeiro passado refletiu para a Rádio Vaticano sobre os encontros europeus

Rui Saraiva - Lisboa

A Comunidade de Taizé organiza mais um Encontro Europeu de Jovens durante os últimos dias deste ano. De 28 de dezembro a 1 de janeiro cerca de 20 mil jovens vão reunir-se em oração e convívio em três cidades de três países: Basileia na Suíça, Lörrach na Alemanha e Saint-Louis em França.

Será um encontro que juntará jovens que chegam de quarenta países em mais uma etapa da “Peregrinação de confiança sobre a Terra” proposta pela comunidade monástica de Taizé.

O padre Nuno Antunes, pároco do Bonfim na diocese do Porto em Portugal esteve 9 vezes em Taizé e participou em 14 encontros europeus. Este sacerdote que é também assistente espiritual dos escuteiros da cidade do Porto e assistente diocesano do Renovamento Carismático estará também neste 40º encontro europeu de Taizé.

Experiência espiritual de unidade 

Após o Encontro de Riga, em janeiro passado, refletiu para a Rádio Vaticano sobre os encontros europeus e o seu significado para os jovens: uma experiência espiritual de unidade entre os cristãos. Recordamos o seu depoimento:

“ A este nível é muito fácil. Ao nível do encontro dos crentes é muito fácil e está feito. E a comunidade de Taizé é o exemplo disso. As pessoas já vivem essa experiência pouco importadas se são católicas, anglicanas, luteranas ou calvinistas. As pessoas são cristãs seguem Jesus Cristo e vivem a sua diferença eclesial sem problema nenhum de a viver em conjunto uns com os outros. Isto em Taizé é um dado adquirido há muitos anos. Como eu digo a este nível é fácil viver a unidade. Depois ao nível das instâncias que têm que pensar a teologia, ou que têm que pensar os poderes (é tudo uma questão de poderes) aí se calhar vai ser mais difícil, ou vai continuar a ser difícil porque é muito difícil abdicar do poder, é muito difícil deixar de pensar em função do poder adquirido. Há um longo caminho a caminhar, mas não faz mal.”.

“O importante é que os cristãos continuem unidos e a trabalhar em conjunto, a viver em conjunto e a rezar em conjunto e a ser cristãos em conjunto porque isto cada vez vai ser a marca mais importante, não apenas na sociedade europeia, mas também nesta sociedade mais ou menos global”

Uma nova visão

“ Deixarmos… Deixarmo-nos possuir pelo Espírito que quer de facto unir-nos e a seguir dar alguns passos que o signifiquem diante das comunidades, dos crentes. Pelo menos que se esbatam as hostilidades. Porque ainda há muitos lugares onde a hostilidade é séria. Como se estivéssemos a falar de um outro Deus e Senhor. Como se estivéssemos ainda a falar de uma outra realidade que não o seguimento e a entrega ao coração amoroso de Jesus, ao modo intenso e profundo de seguir o mesmo Jesus que nós queremos seguir e a quem nós queremos amar.”

“Os que participam nos encontros e já foram vários jovens daqui da comunidade, ficam com uma outra visão, uma outra perspetiva, não apenas daquilo que é a comunidade, mas no modo de ser Igreja que Taizé lhes proporciona. E isso em termos de formação e de pensamento sobre a realidade eclesial, seja na comunidade do Bonfim seja noutra comunidade qualquer, é muito importante.”

Era o padre Nuno Antunes, pároco do Bonfim na diocese do Porto em Portugal que esteve em Riga na Letónia no 39º Encontro Europeu de Taizé e estará também no 40º Encontro Europeu na próxima passagem de ano. Acompanhará largas dezenas de jovens portugueses que vão rezar e conviver pela unidade dos cristãos.

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25 dezembro 2017, 09:59