RCA: Violência contra o povo e a Igreja marca 2017, diz cardeal
Cidade do Vaticano
“Para onde estamos indo? Em que se transformará o povo da República Centro Africana em 2018?”.
Foi o que perguntou o arcebispo de Bangui, cardeal Dieudonné Nzapalainga, ao abrir a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Centro-africana, em andamento em Bangui, capital do país, de 8 a 14 de janeiro.
Durante o encontro, os bispos debaterão questões como segurança, educação e saúde.
2017, um “ano infeliz”
Ao fazer um balanço do ano recém concluído – refere a Agência Fides – o purpurado sublinhou que 2017 foi “um ano infeliz, que viu o assassinato e a agressão de muitos servos de Deus em Bangui, mas sobretudo em nossas Províncias: Banguassou, Alindao, Mokoyo, entre outras”.
“Igrejas vandalizadas, saqueadas ou queimadas. Fiéis martirizados. O balanço do ano passado é alarmante – disse o purpurado. Mas temos fé na bondade do Senhor em relação a nós, como o Papa Francisco tanto nos recordou durante sua permanência em Bangui”.
Situação no país continua a deteriorar-se
A situação nas diversas regiões da República Centro Africana continua a deteriorar-se. Entre as áreas mais atingidas pela presença de grupos armados, está Paoua, nordeste do país, fronteira com a República dos Camarões, onde em 27 de dezembro foram registrados violentos combates entre os membros da RJ (Révolution Justice) e do Mouvement pour la Libération de la Centrafrique (Mnlc).
Ao menos 30 mil pessoas buscaram refúgio em Paoua, fugindo dos vilarejos nos arredores, por causa das violências indiscriminadas ciometidas contra a população civil por guerrilheiros de ambas as facções.
(Ag. Fides)
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui