Portugal: Vida consagrada precisa de uma “gramática nova”
Cidade do Vaticano
A exigência foi sublinhada em entrevista à VATICAN NEWS pelo presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.
Uma preocupação no contexto da Semana de Estudos da Vida Consagrada que terminou no passado dia 13, em Fátima, sob o tema ‘Inovar na vida consagrada. Para vinho novo, odres novos’.
Para o padre José Vieira, “tem de haver alguma mudança. A revitalização não é preocupar-se com a própria sobrevivência, mas a revitalização vem de um compromisso maior com a missão”.
O provincial dos combonianos portugueses considera que” há a necessidade de sermos mais místicos, mais proféticos”, e “a necessidade de uma gramática nova para a vida consagrada”, que “passa pela linguagem, que passa por uma simplicidade maior de vida”.
O religioso fala por exemplo da necessidade de “uma linguagem que os jovens de hoje entendem, estando presentes onde os jovens de hoje estão, nomeadamente nas redes sociais”.
Já sobre a realidade da vida consagrada em Portugal, o padre José Vieira sublinha que “muitas pessoas deixam a vida consagrada porque a vida fraterna já não as enche”, apontado aqui para a necessidade de “renovar a nossa maneira de estarmos juntos, com uma vida mais simples, mais perto e mais atentos ao que se passa à nossa volta”.
O presidente da CIRP reconhece que “os institutos mais tradicionais, mais antigos, estão a perder muito espaço, estão a perder muita gente”, mas por outro lado, “há um certo renascimento” a partir das novas formas de vida consagrada.
Em entrevista ao nosso correspondente Domingos Pinto, o presidente da CIRP considera que o importante é dar testemunho, “contarmos as nossas histórias de vida”, e deixa um apelo: “Não devemos ter vergonha de nos expormos”, ou seja, “partilharmos com os outros a nossa experiência de vida, a nossa experiência de Deus. É por aí que fazemos discípulos”.
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