Etiópia: Apelo pela paz do presidente dos bispos, card. Souraphie
Cidade do Vaticano
A profunda preocupação com o clima de violência em que a Etiópia se encontra há anos foi expressa em uma declaração do presidente da Conferência Episcopal da Etiópia e Eritreia e arcebispo de Addis Abeba, cardeal Demerew Berhaneyesus Souraphiel. “Embora nos orgulhemos do desenvolvimento do nosso país, estamos ao mesmo tempo entristecidos pelas recentes desordens e conflitos que estão se verificando na Etiópia. A perda de vidas humanas e a perda das propriedades - sublinha o cardeal -, nos levam para traz ao invés de avançamos. Isso não é bom para o nosso país. Em vista disso, nós responsáveis religiosos nos comprometemos com os líderes políticos a tomar medidas adequadas capazes de trazer a paz e a serenidade”.
É vergonhoso o que acorre
Recordando que “somos todos filhos de Deus”, o cardeal enfatizou que “as violências que estão ocorrendo na Etiópia são caracterizadas por divisões étnicas e pelo ódio. Tudo isso é muito triste e inaceitável para todas as religiões. Acima de tudo para nós etíopes é vergonhoso, porque esses não são nossos valores”. Daí o apelo para que todos se comprometam com a paz e a “respeitar a vida e a dignidade da pessoa”.
Os etíopes podem continuar a esperar por um futuro melhor
Grande contribuição à paz e à estabilidade do país é dada diariamente por missionárias e missionários católicos. Como explica ao jornal L’Osservatore Romano, Irmã Maria Regina Canale, missionária colombiana: “Nosso compromisso é para que as diferentes realidades do país coexistam em um ambiente sereno. Nas nossas escolas e nos nossos jardins de infância, acolhemos adolescentes e crianças de diferentes religiões e grupos étnicos. Muitos muçulmanos frequentam aos nossos institutos e, com as famílias, é estabelecida uma relação jovial e respeitosa. Infelizmente, a Etiópia é um país muito pobre e a fome e a seca deixam feridas profundas na população e induzem alguns grupos a cometerem violências contra pequenas comunidades desestabilizando o já precário equilíbrio. Devemos comprometer-nos diariamente e até o fim - ressalta ela -, a evitar que o ódio se sobreponha sobre as relações cotidianas. Mas também graças ao apoio da Igreja Católica, presente com muitas missões, especialmente no sul do país, e de muitos missionários, os etíopes podem continuar a esperar por um futuro melhor”. (Fonte: L'Osservatore Romano)
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