Igreja na Colômbia: "Não desperdiçar a oportunidade de paz"
Bogotá
Como a Igreja Católica pode ajudar na retomada das negociações entre a guerrilha do ELN (Exército de Libertação Nacional) e o governo colombiano?
Depois de 4 horas de reunião domingo (04/02) com os dirigentes da guerrilha, o sacerdote Darío Echeverri, secretário da Comissão de Conciliação Nacional (CCN), informou que todos concordaram que “não se pode perder tempo”.
A suspensão do diálogo com a guerrilha
Segunda-feira, 29 de janeiro, o Presidente Juan Manuel Santos suspendeu os diálogos de paz que realiza desde fevereiro de 2017 com o ELN por causa dos ataques perpetrados contra várias sedes da Polícia em Barranquilla, Soledad e Santa Rosa que provocaram a morte de 8 policiais.
Os atentados da guerrilha aconteceram pouco antes de uma reunião prevista com a delegação do governo para tratar as novas condições do cessar-fogo bilateral.
O Padre Echeverri declarou que diante de uma Colômbia que está desconfiando do processo de reconciliação com o ELN, a Igreja faz um chamado ao grupo armado e ao governo para retomarem as negociações.
“Por favor, não desperdicemos esta oportunidade de estar em paz. Embora muitos acreditem que ao ELN não importa este processo, o certo é que o ELN está muito consciente de que este momento é fundamental para o país”.
O sacerdote informou que o próximo passo da Igreja católica é falar com o Presidente Santos e com o chefe da delegação de diálogo com a guerrilha, Gustavo Bell, para pedir-lhes que “levem esta negociação a um ponto em que seja irreversível”.
Igreja Católica acompanha o processo ativamente
Pe. Echeverri também reiterou que o clero colombiano trabalhará com 20 dioceses em todo o país para que, por meio de comitês eclesiásticos que incluem bispos de diferentes regiões acompanhem as Nações Unidas, o ELN e o Governo Nacional na supervisão e verificação de um eventual próximo cessar-fogo.
O chamado da Igreja católica para que se salve o processo de paz entre esta guerrilha e o governo, marcado por altos e baixos desde o início, se soma ao lançado anteriormente pelo ex-Presidente Ernesto Samper, que foi um mediador entre as partes.
(El Tiempo)
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