Paróquia São Tiago Menor, na Jordânia, centro de escuta e oração
Cidade do Vaticano
“As pessoas sabem que vindo aqui não vem somente à paróquia, mas que encontrarão uma família pronta para escutá-los. A nossa igreja não propõe atividades; somente a presença e a oração contam e isto é o que as pessoas vem buscar”.
Irmã Isabel, da Pequena Família da Anunciata, assim explica o segredo da Paróquia de São Tiago Menor, em Maïn, próximo a Madaba na Jordânia, verdadeiro oásis onde muitos cristãos se dirigem para fortalecerem-se espiritualmente.
Igreja Latina e comunidade melquita
Liturgia das Horas, Terço duas vezes ao dia, oração pessoal. Foi Dom Giacomo Beltritti, então Patriarca de Jerusalém dos Latinos, a enviar à Maïn em 1983 uma comunidade da Pequena Família da Anunciata, com a missão de oferecer uma presença amorosa aos cristãos, fazendo a Igreja Latina viver em estreito contato com a comunidade melquita, de rito bizantino e língua árabe.
Os dois grupos coexistem em paz, vivendo poucos metros um do outro, e não raro é possível encontrar fiéis de uma e da outra fé participando das duas liturgias.
Em Maïn vivem cerca de dois mil cristãos, latinos e melquitas. Mas na Missa dominical de rito latino participam cerca de vinte fiéis.
Espiritualidade e testemunho
Como muitas paróquias rurais, de fato, a de São Tiago Menor sente a migração das jovens famílias para os grandes centros, em busca de melhores oportunidades.
Por outro lado, a pequena igreja atrai famílias de Amã, a capital, e de Madaba, para celebrar um batismo, para um acompanhamento espiritual, para a confissão ou para pedir oração.
“Os cristãos percebem que aqui existem pessoas de Deus e que a intercessão delas é eficaz”, afirma Dom William Hanna Shomalli, Vigário Patriarcal para a Jordânia.
A Pequena família da Anunciata é formada por quatro irmãs e por três irmãos, entre os quais padre Athos Righi, ex-superior da comunidade.
A Missa, a Liturgia das Horas e todas as orações são em árabe.
“Falar a língua deles nos permitiu construir relações duradouras com as famílias. Um testemunho para toda a comunidade de Maïn, principalmente muçulmana, que nos vê viver e rezar”, conclui Irmã isabel.
(L'Osservatore Romano)
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