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Centenas de milhares visitam o local todos os anos em peregrinação Centenas de milhares visitam o local todos os anos em peregrinação 

Terra Santa: Santo Sepulcro permanece fechado

Os líderes das Igrejas católica, greco-ortodoxa e armênia tomaram a decisão em protesto por 'campanha anticristã' do município de Jerusalém.

Cidade do Vaticano

A igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, está interditada por tempo indeterminado desde domingo (25/02), quando foi divulgada uma declaração conjunta assinada pelo custódio da Terra Santa, o franciscano Francesco Patton, o Patriarca Ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, e o Patriaraca armênio de Jerusalém, Nourhan Manougian, que administram o santuário.

A igreja está localizada na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade sagrada que Israel ocupa há 50 anos e cuja anexação é considerada ilegal pela comunidade internacional.

Campanha anticristã 

 

Os líderes das Igrejas católica, greco-ortodoxa e armênia afirmam, em comunicado, que acompanham com grande preocupação a campanha contra as Igrejas e comunidades cristãs na Terra Santa.

Alegam que esta campanha sistemática e ofensiva alcançou níveis sem precedentes quando o município de Jerusalém emitiu notas de cobrança de impostos de algumas propriedades das Igrejas consideradas como ‘comerciais’, já que não seriam locais de culto ou educação religiosa, mas que recebem atividades comerciais que geram renda.

Também protestam contra uma proposta de lei israelense que, afirmam, atacaria seus direitos de propriedade em Jerusalém.

O comunicado

 

“Tal medida é contrária à histórica posição das Igrejas e suas relações com as autoridades civis na cidade santa. São ações que infringem os acordos existentes e obrigações internacionais e aparentemente são uma tentativa de enfraquecer a presença cristã em Jerusalém”, consta no comunicado.

“As principais vítimas são as famílias pobres que ficarão sem casa e alimentos, além das crianças que não poderão frequentar as aulas”

"Esta lei detestável (...) tornaria possível a expropriação de propriedades da igreja", afirma um comunicado divulgado no domingo.

"Nos recorda as leis similares adotadas contra os judeus durante o período mais obscuro na Europa", advertiram os líderes cristãos.

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26 fevereiro 2018, 18:42