Bolívia: educação católica "em estado de emergência", denunciam bispos
Cidade do Vaticano
Os bispos bolivianos levantam a voz e dirigem-se com preocupação aos pais dos alunos das 1.523 instituições educativas católicas do país.
As escolas “não podem garantir o ensino, uma educação cristã e uma formação integral de qualidade”, devido a uma recente medida do Ministério da Educação boliviano, advertem os prelados.
Professores designados pelo Ministério
A medida do governo, de fato, retira da direção dos Institutos e das Universidades a competência na escolha dos docentes, que passarão a ser designados pelo Ministério, em flagrante violação da convenção Estado-Igreja sobre a cooperação no âmbito educacional.
A Igreja boliviana está avaliando até mesmo adotar “uma medida de caráter demonstrativo, como o fechamento de todos os seus Institutos educacionais ou uma greve”, adverte Carmem Suárez, delegada da Comissão Educativa do Vicariato Apostólico de Pando.
Igreja pede revogação da medida
A carta enviada aos pais é assinada pelo arcebispo de Sucre e presidente da Comissão para a Educação da Conferência Episcopal, Dom Jesús Juárez Parraga.
O episcopado também enviou uma nota ao Ministro Roberto Aguiar em que declara a educação católica “em estado de emergência” e exige a revogação da medida de número 083/2018.
Ataque ao sistema educacional católico
Em declaração à Agência Fides, a professora Suárez afirmou estar convencida de que o governo “tem a intenção de eliminar o sistema de educação privada na Bolívia, e mira sobretudo o católico”, que inclui a maior parte das Instituições privadas no país.
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