Índia: ataques contra minorias prejudicam o país, diz cardeal Gracias
Cidade do Vaticano
Existe uma crescente preocupação na Igreja Católica na Índia e em outras comunidades religiosas minoritárias, pelos "ataques esporádicos contra as instituições e pessoas pertencentes às minorias religiosas, em diversas partes do país. Estes atos de violência são contra a lei e prejudicam o país".
Se o governo intervir com decisão, fazendo que estes atos cessem, "isto poderá aliviar os medos das comunidades", desencorajando ulteriores violências.
Encontro cordial
A opinião foi expressa pelo recém eleito presidente da Conferência Episcopal Indiana (CBCI), cardeal Oswald Gracias, ao encontrar em 20 de março o primeiro ministro Narendra Modi, em seu gabinete no Parlamento.
Segundo a Agência Fides, o encontro entre o cardeal e o primeiro ministro realizou-se em uma atmosfera de cordialidade e abertura, sendo definido como "tranquilizador" por ambas as partes.
Contribuição da Igreja para a construção da nação
O encontro foi ocasião para recordar "a contribuição histórica da Igreja na construção da nação e seu trabalho para o bem-estar da população indiana, especialmente no campo da educação, da assistência na saúde e da solidariedade", recordou o purpurado.
O presidente da CBCI afirmou que, consciente dos grandes desafios que o país está enfrentando, "a Igreja quer ser parte integrante a pleno título deste grande projeto de construção da nação", tendo como horizonte o bem comum do país.
Desejo de uma visita do Papa Francisco
O cardeal também falou com o primeiro ministro sobre a possibilidade de uma visita do Papa Francisco à Índia, sublinhando que o Pontífice é "líder da Igreja universal, aclamado em todo o mundo e apreciado por pessoas de todos os credos".
"A sua visita poderá trazer benefícios de longo prazo para o nosso país", afirmou o purpurado.
A prioridade do governo
O primeiro ministro Narendra Modi assegurou ao presidente do episcopado indiano que "a primeira prioridade do governo é o bem-estar das pessoas e a erradicação da pobreza", reiterando ser "o primeiro ministro de todos os indianos, independente da casta e do credo", e afirmando que estará "sempre disponível e desejoso de examinar as questões levadas a sua atenção".
(Agência Fides)
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