Card. Sergio da Rocha: "O Brasil precisa de nosso testemunho cristão"
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
“Crescer na missão, na ação evangelizadora: com coragem, com alegria e no dia a dia da vida”: palavra de Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB.
O Brasil precisa do testemunho cristão de cada um de nós.
Testemunho corajoso, firme, fiel, alegre. Claro que isso é dom de Deus e precisa ser alimentado pela oração, pela Eucaristia, pela Palavra de Deus. O Brasil hoje precisa que a Igreja dê esse testemunho de comunhão, de unidade fraterna, de comunhão fraterna. Porque nós queremos superar a violência, a agressividade, a intolerância e queremos fazer isso dando testemunho”.
“Lembremos sempre que a unidade, que a comunhão é uma exigência da evangelização. Jesus disse para estarmos unidos, para que o mundo creia. Quando Jesus reza ao Pai pedindo a unidade dos creem é justamente para que o mundo creia. Nós queremos, justamente, através do nosso testemunho, ajudar outras pessoas a crer em Cristo, fazendo essa mesma experiência.
Dom Sérgio, recebido pelo Papa em audiência sexta-feira (06/04), no Vaticano, lembrou ao Vatican News a importância da esperança neste momento do Brasil:
“Essa esperança, é claro, vem de Jesus, ela vem de Deus, mas é uma esperança que nós também alimentamos também comunitariamente. Por isso que é muito importante a participação das pessoas na vida da comunidade, na vida Igreja. Porque sozinho, acaba se desanimando. Quando nós nos unimos como família – claro que a família de cada um é muito importante – mas essa família que quer ser a Igreja, ela é igualmente importante e, em algumas situações, com a família mais fragilizada, ela se torna ainda mais necessária para muita gente. Para todos nós, mas sobretudo para quem sofre mais”.
O sentido da esperança e de 'ser comunidade'
Dom Sergio destaca o sentido da esperança cristã: “Encontrar na Igreja gente que procura viver o Evangelho através do amor ao próximo, da caridade, da vida fraterna, da misericórdia. E, por isso, a pessoa se sente acolhida, se sente amada. Então, em momentos de dor, de dificuldade, de angústia, é preciso, ainda mais, a cultivar a vida fraterna porque juntos nós nos animamos a caminhar, a superar dificuldades. Claro que unidos a Cristo, Nele ancorados, iluminados, animados pelo Espírito de Deus, não é só nós. Nós não produzimos, por conta própria, essa esperança. Nós recebemos, mas cultivamos e compartilhamos a esperança".
"Que seja um momento em que nós possamos testemunhar a esperança que vem de Jesus, a esperança que vem da vida fraterna, de gente que se dispõe a caminhar juntos, a conviver e a trabalhar juntos na missão da Igreja”.
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