Conheça José Romero, que leva 'Fé e Alegria' aos migrantes em Boa Vista
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
O movimento Fé e Alegria nasceu em 1955 do encontro entre o jesuíta Padre José María Vélaz com moradores de um bairro sem escolas de Caracas, na Venezuela. Desse encontro seguiu-se o de Padre Vélaz e Abraham Reyes, pedreiro que morava com esposa e oito filhos no mesmo bairro de Cátia e ofereceu sua própria casa para ser a primeira escola local. Foi aí que em 5 de março de 1955, “100 crianças sentadas no chão e 70 meninas no andar superior, sem carteiras nem quadro-negro”, encontraram-se pela primeira vez com sua vida de educação escolar.
Em menos de 10 anos o movimento chegou a 10.000 crianças e jovens na Venezuela e em 1964, tornou-se compromisso da Companhia de Jesus. Foi levado, a partir de então, a outros países da América Latina, obtendo resposta similar. O compromisso foi acolhido pela Companhia de Jesus no Brasil em 1981.
José Romero é o coordenador do centro social Fé e Alegria em Boa Vista, Roraima. Ali, a situação é emergencial em função da imigração venezuelana: são centenas de famílias chegando todas as semanas, com muitas crianças em idade escolar.
Somente no ano passado, a Polícia Federal recebeu 27 mil solicitações de refúgio e este ano, foram mais de 3 mil por mês. Boa Vista está acolhendo estes irmãos como pode.
Oportunidade para servir
Fome, insegurança e falta de medicamentos e assistência de saúde são as principais causas do êxodo de venezuelanos. Com sua esposa e três filhos, José Romero atravessou a fronteira a pé e com uma mala e tanta esperança. Agora, ele sente a responsabilidade de ajudar quem quer que precise.
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