56ª AG: Pastoral do Menor apresenta sua trajetória de 40 anos
Silvonei José – Aparecida
A coordenadora nacional eleita para o triênio 2018-2020, Marilda dos Santos Lima, de São Paulo (SP) e o bispo referencial dom Luiz Gonzaga Fechio inauguraram o painel de experiências evangelizadoras da 56ª Assembleia Geral da CNBB com a trajetória dos 40 anos da Pastoral do Menor.
Marilda dos Santos Lima faz parte do Conselho da Pastoral do Menor da Região Episcopal Belém. Ela tem 51 anos e veio com os pais da cidade de Estância (SE) nos anos 1980 para a capital paulista, como milhares de outros nordestinos que migraram em busca de melhores oportunidades de vida.
Em sua apresentação, a líder da Pastoral do Menor, citou a própria trajetória como exemplo de que o trabalho da pastoral salva vidas. “Se hoje eu sou pedagoga, formada pela PUC de São Paulo, e estou aqui foi graças ao trabalho da pastoral”, disse. Para a coordenadora da Pastoral do Menor, a presença dos bispos e da CNBB junto ao trabalho da organização sempre foi de alento e de esperança.
Marilda fez alguns apelos aos bispos do Brasil. O primeiro deles é para que a Igreja no Brasil continue firme contra o rebaixamento da idade penal no Brasil. Ela também pediu para os bispos lutarem para que não haja retrocesso em políticas públicas como o Jovem Aprendiz e nas medidas socioeducativas, garantidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Que nenhum direito seja retirado e que todos os direitos, garantidos pela Constituição de 88 sejam garantidos”, disse.
Trabalho e história
Criada em 27 de agosto de 1997, a Pastoral do Menor hoje organiza sua ação a partir dos eixos: solidariedade, justiça, organização e mística. Atualmente, a pastoral conta com 39 escolas de cidadania cujo nome é Dom Luciano Mendes de Almeida, ex presidente da CNBB e um dos grandes apoiadores do trabalho da pastoral.
A pastoral conta com 378 agentes atuando em 84 municípios brasileiros com assistência a adolescentes que cumprem medida socioeducativas em 20 unidades de internação, em fóruns e conselhos de direitos e de políticas públicas. A pastoral também desenvolve um trabalho de formação continuada em 17 regionais da CNBB.
O nome dado à Pastoral vem da inspiração bíblica do livro de Marcos “Quem acolhe o menor, a mim acolhe” (Mc 9,37). Em 1987, a Campanha da Fraternidade trouxe esse tema e, na Constituição de 1988, o artigo 227, também recordouque é “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Vatican News conversou com Marilda dos Santos:
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