Sacerdote assassinado na República Democrática do Congo
Cidade do Vaticano
A violência na República Democrática do Congo não dá tréguas. Um sacerdote foi morto com um tiro na nuca, após uma celebração em Kyahemba, uma circunscrição de sua paróquia, por volta das 15 horas do Domingo da Misericórdia. Ele participava de uma reunião com colaboradores leigos.
"Era um homem de Deus e todos o conheciam pelos seus esforços em promover a paz nestes lugares. Mas aqui corremos constante perigo. É um inferno", sublinha Dom Théophile Kaboy Ruboneka, bispo de Goma, capital do Kivu do Norte. Na Semana Santa foram ao menos 11 as mortes.
Homicídios e sequestros fazem parte do cotidiano
Padre Étienne é o terceiro sacerdote vítima de bandidos e grupos rebeldes presentes nesta parte da República Democrática do Congo.
Dom Ruboneka falou ao Vatican News também sobre o sequestro com posterior libertação de um sacerdote na última semana.
"Inicialmente nos pediram 500 mil dólares, diminuindo mais tarde para 50 mil e por fim 3 mil, que foram pagos".
Nem um dia após a sua libertação, chega a trágica notícia de mais um homicídio, o que faz os cidadãos do lugar mergulharem no terror e em uma situação de extremo caos.
"Abandonados por todos"
As violências não dão trégua, não obstante a presença do exército regular e dos Capacetes Azuis da Monusco, a missão ONU.
"Ninguém consegue fazer nada - afirma o bispo - e o exército não nos protege". Ademais, as investigações sobre os assassinatos e violências não dão resultados.
Sobre a morte do padre Étienne, Dom Ruboneka explica que "os leigos do território sabem quem disparou e sabem os nomes. Faremos as investigações, mas as autoridades sempre dizem que farão alguma coisa, mas depois, na realidade, não acontece nada".
A situação permanece, portanto, desesperadora, e a população foi "abandonada por todos. Não nos resta que confiar na Providência e rezar", conclui o prelado.
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