Navio Aquarius: cardeal Cañizares, Papa comovido com o nosso gesto
Cidade do Vaticano
“O Papa me disse para referir a vocês que se comoveu com o nosso gesto e congratula-se com a Arquidiocese de Valência pela prontidão e generosidade com que reagiu, e pelo exemplo de caridade que está sendo dado a estas pessoas carentes.”
É o que afirma o arcebispo de Valência, na Espanha, cardeal Antonio Cañizares, numa mensagem enviada, nesta sexta-feira (15/06), à sua diocese após ter sido recebido em audiência particular, no Vaticano, nesta quinta-feira (14/06), a propósito do acolhimento dos migrantes do navio Aquarius e outros dois navios militares italianos que chegarão a Valência, no próximo domingo.
Mediterrâneo está se tornando um túmulo anônimo
“Estamos acompanhando com verdadeiro interesse, admiração, compaixão e vergonha os longos e agonizantes dias de travessia das 629 pessoas pelo Mediterrâneo, um mar que está se tornando um túmulo anônimo, insaciável e devorador que tem levado tantas vítimas da injustiça, do egoísmo dos poderosos, da crueldade, dos interesses infames das máfias inomináveis e do fechamento em si das nações, sem ouvir, como se deveria, os países mais pobres de onde vêm essas vítimas", ressalta o purpurado no texto enviado à Agência Sir.
“O caso do navio Aquarius bateu em nossas consciências e nos colocou de pé para acudir aqueles que batem à porta do coração e da consciência coletiva dos povos e nações. É um apelo às pessoas de boa vontade e, sobretudo, à consciência humanitária e cristã”, afirma o cardeal Cañizares.
O purpurado recorda que depois da chegada ao porto de Valência serão organizados o acolhimento e a distribuição dos refugiados em várias áreas da Espanha.
Resposta cristã de amor
“Desde o primeiro momento a arquidiocese se colocou à disposição para acolher, ajudar, apoiar e curar aqueles que chegam”, ressalta. “Está pronta para acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e refugiados” como nos ensina o Papa Francisco.
“Fizemos saber às nossas autoridades da comunidade autônoma, local e nacional e à opinião pública”, sublinha. “Faremos tudo o que estiver ao alcance de nossas possibilidades: sem cálculos.”
A Delegação diocesana para as migrações, a Caritas diocesana, a Universidade Católica com “médicos, enfermeiros, professores e linguistas”, as Ordens e Congregações religiosas, seminários, paróquias, famílias, sacerdotes, leigos, voluntários e associações, todos se ofereceram e estão dispostos a colaborar para dar uma resposta cristã de amor, caridade e justiça a esta situação de emergência”, conclui o arcebispo de Valência.
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