Portugal: Acolhimento de refugiados com “abertura e generosidade
Domingos Pinto-Lisboa
“O nosso apelo vem na sequência do que tem dito o papa Francisco em relação ao fenómeno das migrações”, diz à VATICAN NEWS o Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.
Este organismo, em conjunto com as suas congéneres diocesanas e a Comissão Justiça e Paz dos Institutos Religiosos publicaram uma mensagem sobre o acolhimento aos refugiados, pedindo “regulação prudente, abertura e generosidade” à sociedade e aos responsáveis católicos.
Uma iniciativa a marcar o início da semana de ação conjunta mundial ‘Partilhar a Viagem’, que conta com o apoio da Conferência Episcopal e da Cáritas Portuguesa inserida na celebração do Dia Mundial do Refugiado, que se assinala 4ª feira, 20 de junho.
Para Pedro Vaz Patto, presidente da CNJP, o que o papa propõe, “não é pura e simplesmente abrir fronteiras e não regular o fenómeno migratório”, mas “há determinadas situações de urgência em relação às quais não se põe condições, “mas “acolhe-se indiscriminadamente”.
O juiz Desembargador alerta ainda para o fato de que “cada vez mais na Europa há correntes hostis aos emigrantes e que são baseadas numa perspetiva, temos que o dizer, egoísta”, e realça ainda os benefícios da emigração, quer para os países da sua proveniência, quer para os países de acolhimento.
Uma reflexão que tem também como pano de fundo a recente polémica com o navio ‘Aquarius’, impedido de atracar na Itália, e que chegou domingo passado a Valência, na Espanha.
“Impressionou-nos muito que se tenha fechado a porta a estas pessoas”, sublinha Vaz Patto que elogia a igreja espanhola que se dispôs a acolher estas pessoas, e deixa um alerta: “Não podemos ficar indiferentes quando está em causa a vida humana, de pessoas inocentes que são vítimas de tráfico”.
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