Portugal: Pastoral da Cultura propõe nova “pedagogia para o desporto"
Domingos Pinto - Lisboa
“O desporto não deve ser sujeito a uma visão redutora” - diz ao portal da Santa Sé José Carlos Seabra Pereira, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura que critica a redução do desporto à competição e esta ao futebol.
Uma preocupação que marcou em Fátima no início do mês a jornada anual do SNPC dedicada este ano às “virtudes e riscos” do desporto.
“Ainda bem que o papa pensa mais na prática desportiva, porque aí liberta, tende a libertar o desporto de uma visão redutora”, diz aquele responsável que lamenta as situações e os casos que tem envolvido o desporto em Portugal, sobretudo no futebol.
”Na verdade, as coisas são muito graves no plano da corrupção, da violência da deslealdade”, diz José Carlos Seabra Pereira que defende uma atitude de “crença nas potencialidades da regeneração” do desporto.
“Não devemos desenvolver este trabalho apenas para não nos ser marcada falta de comparência, mas temos que ir à frente no debate de ideias”, diz aquele responsável, que considera fundamental “propor um novo rumo”, e sugere mesmo a criação, no âmbito da pastoral da igreja, de um departamento vocacionado para a prática desportiva”.
O diretor do SNPC destaca também a pertinência e oportunidade do recente documento do Vaticano dedicado ao desporto “Dar o melhor de Si”.
“É o jogar «com» em vez de jogar «contra»”, sublinha José Carlos Seabra Pereira que elogia “o grande contributo “que o papa tem dado para “alterar comportamentos, alterar os critérios de valor e os objetivos para que daí resulte uma forma diferente de estar na prática desportiva”.
Já sobre a presença da seleção portuguesa no Campeonato Mundial de Futebol na Rússia, o diretor do SNPC diz esperar que “Portugal tenha uma prestação elevada, uma participação condigna”.
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