Santa Sé: a evangelização é a missão essencial da Igreja
Cidade do Vaticano
Dom Protase Rugambwa, Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, introduziu os trabalhos da 19ª Assembleia Plenária da Associação dos Membros das Conferências Episcopais da África Oriental (Amecea) que está sendo realizada em Adis Abeba.
Reconhecendo que as Igrejas na região AMECEA devem enfrentar desafios importantes como conflitos, divisões, violações da dignidade humana, o arcebispo tanzaniano ressaltou que embora “enfrentar esses desafios faça parte do ministério evangelizador da Igreja” , isso “não deve fazer-nos distanciar da essencial vocação e missão de levar o Evangelho ao mundo e conduzir as pessoas a Cristo, em outras palavras: de evangelizar”.
“Um dos melhores modos de conseguir um impacto sobre a vida social é mediante a educação e a formação de cristãos maduros capazes de enfrentar eficazmente os atuais desafios que ameaçam a nossa região”, evidenciou dom Rugambwa.
Os conflitos étnicos dividiram não só a sociedade mas também a Igreja
“As Igrejas da AMECEA devem ser testemunhas críveis do Evangelho promovendo a paz e a harmonia, em primeiro lugar internamente”, acrescentou o secretário do dicastério vaticano, recordando que “os conflitos étnicos dividiram não somente nossas sociedades, mas também os nossos presbíteros, nossos institutos religiosos e até mesmo nossas conferências episcopais".
Tais conflitos causaram muitos sofrimentos e até mesmo escândalos públicos em algumas partes do nosso continente. Esse é o motivo pelo qual a Igreja na África se sente, mais do que nunca, desafiada pela específica responsabilidade de curar essas divisões, a partir de dentro”.
Para superar as divisões “é preciso reconhecer as nossas diversidades como positivas e, efetivamente, como algo a ser amado e fazer frutificar”, disse ainda o secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos.
As colunas para construir a paz
Dom Rugambwa, recordou os pilares sobre as quais a Igreja afirma que se deve construir a paz: respeito pela dignidade humana; promoção do desenvolvimento integral da pessoa; oposição à corrida armamentista; apoio às organizações internacionais; perdão.
Paulo VI manifestou grande amor pela África
Por fim, o arcebispo recordou que “a canonização do Beato Paulo VI está marcada para outubro. Paulo VI é um dos Papas que manifestou um grande amor pela África. A sua canonização se dará poucos meses antes do 50º aniversário do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam), que o Papa Montini "lançou pessoalmente em 1969 em Campala”., capital ugandesa.
“Enquanto aguardamos com impaciência estes dois eventos, me pergunto se este encontro não seja uma ocasião adequada para revisitar a mensagem de Paulo VI à Igreja na África. Um dos documentos preciosos com o qual exprimiu sua preocupação pela África foi a sua Carta Apostólica Africae Terranum, em que, entre outros, o Paulo VI defendeu o que se poderia chamar a “propriedade local do desenvolvimento”. Também convidou os africanos a excogitar novos modos de tornarem-se missionários”, concluiu Dom Rugambwa. (Fides)
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