D. Roque Paloschi: "Contemplar a sabedoria tradicional dos povos"
Cristiane Murray – Cidade do Vaticano
“Ser Igreja significa ser povo de Deus”, encarnado nos povos da Terra e em suas culturas. Portanto, a universalidade ou catolicidade da Igreja se enriquece com a beleza do rosto pluriforme das diferentes manifestações de suas Igrejas e suas culturas.
O Papa Francisco, em seu encontro com comunidades amazônicas em Puerto Maldonado, se expressou assim: “Nós, que não habitamos nestas terras, precisamos da vossa sabedoria e dos vossos conhecimentos para podermos penetrar, sem o destruir, o tesouro que encerra esta região, ouvindo ressoar as palavras do Senhor a Moisés: `Tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa´”.
Os povos originários de nossas terras são os indígenas, que nelas habitam há 4, 5, até 8 mil anos. Com eles, ainda vivem na Amazônia grandes comunidades de quilombolas (descendentes dos escravos africanos) e populações ribeirinhas, que cultivando as terras e pescando nos rios, mantêm também sua relação harmoniosa com a Criação.
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho, (RO) e Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Membro do Conselho Pré-sinodal para a Assembleia Especial do Sínodo para a Pan-amazônia, encontra-se em Roma e esteve em nossos estúdios.
Referindo-se ao Documento Preparatório do Sínodo, ele afirma ainda que “é um convite ao diálogo, a escutar e buscar; a ter a coragem e a ousadia de nos deixarmos conduzir pela ação do Espírito Santo e tentar dar respostas condizentes aos desafios de hoje na realidade pan-amazônica”.
Aqui, a reportagem:
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