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"Marcha de las flores" em memória das crianças mortas durante os protestos "Marcha de las flores" em memória das crianças mortas durante os protestos 

Nicarágua: bispos anunciam retomada do diálogo

O país centro-americano está mergulhado em uma grave crise sócio-política, sendo que as manifestações que eclodiram contra projetos do governo Daniel Ortega foram duramente reprimidas.

Cidade do Vaticano

A Conferência Episcopal da Nicarágua anunciou nestes dias que a sessão plenária do diálogo nacional para superar a crise atual no país sul-americano será retomada na terça-feira, 3 julho. A informação é do jornal "El Nuevo Diario".

À espera de uma resposta do presidente Ortega

 

A retomada do diálogo, que reunirá representantes da Comissão Interamericana para os Direitos Humanos (CIDH) e das Nações Unidas, acontecerá não obstante o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, ainda não tenha dado uma resposta oficial ao pedido dos bispos para antecipar as eleições no país. Ortega "não nos respondeu, e acredito que não nos responderá", afirmou Dom Abelardo Mata, bispo de Estelí.

O que diz o roteiro pensado pela Igreja?

 

No dia 7 de junho, a Conferência Episcopal entregou um road map a Ortega para resolver a crise sociopolítica que abala a Nicarágua há mais de dois meses. O projeto inclui eleições antecipadas a serem realizadas em março de 2019 e a nomeação de novos juízes eleitorais e do Supremo Tribunal de Justiça.

Dom Mata acrescentou que a Conferência Episcopal continuará a exortar o presidente Ortega para que dê uma resposta concreta à proposta dos bispos, ressaltando que “se ele é realmente um estadista, ele deve ouvir o seu povo.”

Alta taxa de mortalidade

 

O prelado divulgou estas declarações após a conclusão de uma reunião com Marlene Londono, representante do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Segundo o bispo de Esteli, a representante das Nações Unidas disse que queria trabalhar em conjunto para acabar com a violência na Nicarágua. "Estou preocupada pela alta taxa de mortalidade registrada", disse ela

A missão da ONU em Masaya

 

Espera-se que a missão da ONU visite a cidade de Masaya, para reunir evidências da repressão sofrida nas últimas semanas. Esta cidade é a segunda que registrou mais mortes durante os protestos que eclodiram com a proposta de reforma previdenciária, depois retirada pelo presidente Ortega.

(Osservatore Romano)
 

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01 julho 2018, 09:46