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Dom Orani: o legado da JMJ cinco anos depois

Celebra-se nestes dias de julho a primeira Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco. E foi justamente ao Brasil, para participar da Jornada Mundial da Juventude. O cardeal Orani João Tempesta recorda ao Vatican News aqueles históricos momentos!

Cidade do Vaticano

Celebramos nestes dias o V aniversário da primeira Viagem Apostólica internacional do Pontificado do Papa Francisco, que o levou ao Rio de Janeiro, por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude, que teve como tema: “Ide e fazei discípulos em todas as nações!” (Mt 28,19).

De 22 a 29 de julho de 2013, portanto, Francisco se encontrava no Rio de Janeiro para o grande evento eclesial juvenil, o primeiro em um país de língua portuguesa e o segundo na América do Sul, que se realizou na Argentina em 1987.

O ponto alto das atividades de Francisco foi a celebração Eucarística, na Praia de Copacabana, que contou com a participação de mais de três milhões e meio de peregrinos.

Contudo, ao chegar ao Rio de Janeiro, o Papa se dirigiu ao Palácio da Guanabara, para a cerimônia oficial de boas vindas, em um carro comum, - uma novidade do seu Pontificado -. Alguns imprevistos no trajeto e o congestionamento no trânsito facilitaram uma maior proximidade das pessoas ao Papa, que fez questão de deixar os vidros abertos, para a grande preocupação dos seguranças.

Enquanto o Papa descansava da longa viagem, o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu à Missa de abertura da JMJ em Copacabana.

No dia seguinte (24/7/13), o Papa mariano não pôde deixar de fazer uma visita à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, onde presidiu à celebração Eucarística.

Francisco havia visitado o Santuário em maio de 2007, quando era cardeal-arcebispo de Buenos Aires, por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe.

Na homilia da sua primeira Missa no Santuário, o Santo Padre dirigiu-se, de modo especial, aos jovens, com mensagens de esperança e alegria.

Voltando ao Rio de Janeiro, Francisco visitou o Hospital São Francisco de Assis, um centro de recuperação de dependentes químicos, onde exortou os presentes a seguir o exemplo de São Francisco.

Depois, visitou a Comunidade de Varginha, no bairro de Manguinhos. Visivelmente comovido e sentindo-se bem à vontade entre os moradores, o Papa dirigiu-lhes palavras de afeto, abraçando e abençoando a todos. Tanto que até chegou a entrar em uma igreja evangélica e em uma casa da comunidade.

Maravilhosa e inesquecível a cerimônia de Acolhida do Papa em Copacabana, por cerca de um milhão de jovens, que o receberam com cantos e apresentações artísticas. Uma brasileira falou-lhe, em nome dos presentes, da fé do povo, de norte ao sul do país, e ofereceu-lhe uma muda de Pau Brasil, árvore nativa do Brasil.

No quarto dia (26/7/13), o Pontífice atendeu confissão de cinco jovens, na Quinta da Boa Vista; encontrou oito menores infratores, dos quais recebeu uma cruz com a inscrição: "Candelária nunca mais" e com o nome dos adolescentes mortos na Chacina da Candelária; e ao encontrar os fiéis, no bairro da Glória, dirigiu seu pensamento aos idosos e ao diálogo entre as gerações.

Na Via Sacra, que presidiu com os Jovens, em Copacabana, com encenações das estações, o Papa abordou temas de atualidade, como a defesa da vida, o problema das drogas, a violência, que aflige a sociedade, entre outros.

Entre outras atividades em terras brasileiras, o Santo Padre celebrou Missa na Catedral Metropolitana para os Bispos e religiosos do país; no Theatro Municipal, abordou a importância de um “diálogo construtivo” diante dos desafios da sociedade atual. Ali, representantes indígenas fizeram uma apresentação e ofereceram ao Pontífice um cocar, que o colocou imediatamente na cabeça, sob o aplauso dos presentes.

Outro encontro importante, com os jovens do mundo inteiro, foi a Vigília de Oração na Praia de Copacabana, da qual tomaram parte cerca de três milhões de peregrinos, aos quais recordou: “Os jovens devem liderar as mudanças na sociedade”. Ali, os jovens passaram a noite em vigília, dormindo na praia, em preparação da Missa de Envio, no domingo.

Na ocasião, o Papa convidou os jovens “a saírem às ruas para expressar seu desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens querem ser protagonistas da mudança. Por isso, os animou, com base nos valores do Evangelho, a superar a apatia e a dar uma resposta cristã às inquietudes sociais e políticas”.

No último dia de permanência no Rio de Janeiro, Francisco presidiu à celebração da Missa conclusiva de Envio, na Praia de Copacabana, da qual participaram três milhões e 700 mil peregrinos.

Em sua homilia, o Papa falou sobre a importância da evangelização dos jovens e a necessidade do seu envolvimento e comprometimento com a Igreja.

Por fim, ao se despedir da Cidade Maravilhosa, o Papa manteve ainda um encontro com os Voluntários, ao todo cerca de 15 mil, aos quais expressou sua gratidão.

As últimas palavras que pronunciou, antes de tomar o avião de volta para o Vaticano, foi: “Nesse momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, deste povo de grande coração, deste povo tão amoroso. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos e que Deus os abençoe”.

      

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27 julho 2018, 14:08