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Hoje memória dos santos Joaquim e Ana. Dia dos avós e idosos

Pais de Nossa Senhora e avós de Jesus, como educadores são ponto de referência para jovens e idosos para um renovado olhar sobre a vocação da velhice.

Cidade do Vaticano

A memória de Joaquim e Ana que a Igreja celebra neste dia, 26 de julho, representa forte testemunho e um chamado a refletir sobre a importância dos pais – eram os pais da Virgem Maria – e de ser avós nos dias de hoje, neste século incerto e carente de pontos de referências. Bento XVI já recordava em 2012: “A qualidade de uma sociedade, gostaria de dizer de uma civilização, julga-se também pelo modo como se tratam os idosos e pelo lugar que lhes reservam na vida comum”.

“Uma civilização onde não se reza mais é uma civilização onde a velhice não tem mais sentido. E isso é assustador, nós precisamos de idosos que rezem, porque a velhice nos é dada para isso – Olivier Clément”

Como as árvores que continuam a dar fruto

Papa Francisco dirigiu também várias vezes sua atenção aos idosos, com respeito e afeto para os que vivem esta idade não fácil, mas ainda rica de recursos. No discurso aos idosos durante o encontro de 15 de outubro de 2016 assim os definia:

“São como as árvores que continuam a dar fruto: mesmo carregados com o peso dos anos, podem dar a sua contribuição original para uma sociedade rica de valores e para a afirmação da cultura da vida.”

Combater a cultura do descarte

Se por um lado os ritmos e as necessidades da sociedade de hoje parecem não ter freios quanto a “cultura do descarte” – onde são desprezados os que não são produtivos – por outro lado, como um contraponto ou mesmo provocação, Papa Francisco se manifesta em favor dos mais fracos, das crianças e dos “abuelos”, como por ocasião da sua visita apostólica a Pietrelcina no centenário das aparições dos estigmas de Padre Pio e 50º aniversário da morte do Santo:

“Não falte uma atenção solícita e cheia de ternura aos idosos, que são um patrimônio incomparável das nossas comunidades. Gostaria que um dia se atribuísse o prêmio Nobel aos idosos, que são a memória da humanidade.”

Lições de uma avó

Continuando em uma dimensão concreta, típica do Papa, como não lembrar da história contada por ele mesmo durante sua meditação matutina na Capela da Casa Santa Marta. Era o ano de 1992 e o então bispo auxiliar de Buenos Aires, Bergoglio, estava para celebrar uma crisma quando se aproximou “uma senhora idosa, de oitenta anos, com os olhos que viam além, com olhos cheios de esperança. E eu disse-lhe: ‘Avó, a senhora vem para se confessar? Mas não tem pecados!’. À resposta da senhora — ‘Padre, todos temos!’ — Bergoglio retorquiu: ‘Mas talvez o Senhor não os perdoe?’. E a senhora, forte na sua esperança: ‘Deus perdoa tudo, porque se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria!’”.

Oração dos idosos, uma dádiva para a Igreja

Aos distraídos, e aos muito ocupados que não têm tempo, Papa Francisco recordou muitas vezes que há os que cantam os sinais de Deus para eles também:

“A oração dos anciãos e dos avós é uma dádiva para a Igreja uma riqueza! Uma grande dose de sabedoria também para toda a sociedade humana: sobretudo para aquela que vive demasiado ocupada, absorvida, distraída. Contudo, também por eles alguém deve cantar os sinais de Deus, proclamar os sinais de Deus, rezar por eles!”

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26 julho 2018, 10:07