Síria: Mosteiro ortodoxo de Santa Tecla volta ser aberto à visitação
Cidade do Vaticano
O mosteiro ortodoxo de Mar Taqla (Santa Tecla), no povoado sírio de Maalula, em breve estará novamente aberto a visitas de peregrinos e turistas. De fato, o trabalho de reconstrução e restauração das estruturas severamente danificadas está quase completo.
Entre setembro de 2013 e março de 2014, Maalula (55 quilômetros a nordeste de Damasco) viu-se no meio do fogo cruzado do conflito que martiriza o país e doze das quarenta monjas ortodoxas que viviam em Santa Tecla foram sequestradas e mais tarde libertadas. As irmãs que foram forçadas a deixar o mosteiro por causa da guerra, puderam agora retornar.
Dentro de 2 semanas, a restauração será concluída
"Todos estavam preocupados com as freiras, todos as amam. Voltei de Damasco para cá, assim que soube que a região estava livre de terroristas", explica o capelão do mosteiro, padre Elia Ades, precisando que o trabalho de reconstrução está em fase de conclusão.
"Os reparos no segundo e quarto andares precisam ser concluídos e instalar a rede elétrica, para que turistas e peregrinos possam permanecer aqui. Tudo estará concluído em duas semanas", disse ele.
Maalula
Em Maalula existem dois importantes mosteiros: Mar Sarkis e Mar Taqla.
O mosteiro de Mar Sarkis é dedicado aos Santos Sérgio e Baco e foi construído no século IV, sobre as ruínas de um templo dedicado a Apolo. O mosteiro é dedicado a Sergius, um soldado romano executado por causa de sua fé cristã.
O mosteiro de Mar Taqla (Santa Tecla) preserva as relíquias de Tecla, filha de um príncipe selêucida e discípulo de São Paulo. Segundo a tradição, Tecla estava prestes a ser capturada por soldados de seu pai, ansioso por puni-la por sua fé cristã, quando chega ao alto de uma montanha. Depois de ter começado a rezar, Tecla consegue salvar-se porque a montanha abriu-se miraculosamente, permitindo a ela refugiar-se em seu interior.
Nas proximidades do povoado existem também resquícios de numerosos mosteiros, igrejas e santuários. Muitos peregrinos, de fé cristã e muçulmana, visitam Maalula, especialmente na festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro.
Guerra na Síria
Maalula tornou-se campo de batalha entre as milícias da Frente Al Nusra e as forças armadas sírias em setembro de 2013. Em 21 de outubro, a cidade caiu em mãos dos rebeldes que devastaram o centro da cidade, matando dezenas de pessoas.
As forças do governo recuperaram o controle da cidade em 28 de outubro, mas as milícias Al Nusra retornaram em 3 de dezembro, levando 12 reféns que foram libertados mais tarde, em 9 de março.
Em 5 de dezembro de 2014, o antropólogo Gianluca Frinchillucci, fundador da ONG Perigeo havia declarado: "Hoje esta aldeia for reduzida a escombros, os antigos ícones que ornamentavam as igrejas enfeitadas foram roubados ou queimados, santuários e igrejas foram destruídos, imagens sacras vandalizadas e a parte mais antiga do povoado bombardeada e incendiada. O altar foi salvo, mas até as relíquias da santa foram perdidas em grande parte".
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