Em Jerusalém, uma casa para sacerdotes da Diocese de Roma
Cidade do Vaticano
“Roma não pode prescindir de Jerusalém vez que ela é a origem e a matriz da nossa fé. O Evangelho parte dali para difundir-se até os confins da terra.”
Aos pés do Monte das Oliveiras
Fiel a este espírito de comunhão, a Diocese de Roma assumiu a gestão e promoção da Casa Mater Misericordiae, aos pés do Monte das Oliveiras em Jerusalém. O projeto terá o acompanhamento do diretor do Setor da pastoral estudantil e o ensino da religião da Diocese de Roma, Pe. Filippo Morlacchi.
A Casa, aberta no passado para acolher sacerdotes idosos do Patriarcado Latino de Jerusalém, jamais se limitou a esta finalidade, acolhendo também pequenos grupos e estudantes.
Estrutura será centro de fraternidade e espiritualidade
O complexo – agora reestruturado, com trinta quartos, cinquenta leitos ao todo, uma capelinha, um refeitório, uma biblioteca, uma sala de reuniões e um jardim que o circunda – será um centro de fraternidade e espiritualidade para seminaristas, sacerdotes, diáconos, jovens e grupos paroquiais, como explicou o referido sacerdote no site internet Terrasanta.net.
Múltiplas finalidades poderão dinamizar a Casa Mater Misaericordiae, antecipa Pe. Morlacchi: “Uma primeira ideia é permitir aos seminaristas antes da ordenação sacerdotal poder transcorrer aqui um período de reflexão e de retiro. Graças a uma relação que estabeleceremos com o seminário, todos os futuros sacerdotes de Roma conhecerão Jerusalém e os lugares santos e sentirão a Terra Santa não como uma realidade distante”.
Casa ofercerá também formação permanente para o clero
“Outra ideia é acolher cursos para a formação permanente do clero. Ademais, poderão ser organizadas atividades para os diáconos permanentes e semanas de estudo bíblico-arqueológico para os docentes de religião.”
“Pensamos ainda em cursos de acompanhamento e discernimento vocacional para os jovens e os grupos paroquiais. Por fim, a ideia seria evitar receber grupos de peregrinos, digamos casuais, que já têm muitas opções que lhes são oferecidas e ocasiões também bonitas para a reflexão deles”, acrescenta.
Relação entre Igreja de Roma e Igreja-mãe de Jerusalém
Com isso se quer evidenciar, sobretudo, a relação sempre estreita e forte, “visceral”, entre a Igreja de Roma e a Igreja-mãe de Jerusalém, que “deve ser ulteriormente intensificada”, após os significativos passos dados a partir de Paulo VI e depois João Paulo II, Bento XVI e Francisco, observa ainda.
“Por isso – afirma o sacerdote –, quero permanecer em contato contínuo com Roma. Pensei, por exemplo, numa newsletter periódica para dar informações e fazer de modo que os cristãos de Roma tenham conhecimento das coisas que acontecem em Jerusalém não como eco remoto, mas como algo que diz respeito a cristãos que são irmãos, numa espécie de fraternidade espiritual.”
(L'Osservatore Romano)
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