Venezuela: Luso-descendente lança SOS ao governo português
Domingos Pinto - Lisboa
“Faz-se pouco. Fala-se da guerra na Síria, fala-se da guerra que sofre Angola, mas não se fala dos nativos portugueses que estão na Venezuela. Deles não se fala. Esqueceram-se totalmente deles”.
O desabafo é de Helder José Antunes, um luso-descendente que trabalha num centro de acolhimento do Serviço Jesuíta aos Refugiados no Lumiar, em Lisboa, e que descreveu ao portal da Santa Sé a sua história pessoal e da sua família.
“Mataram o meu pai, muitos portugueses estão a morrer por não terem medicamentos, falta de comida. Há muitos portugueses que querem voltar para cá, mas não têm meios adequados para vir para cá”, diz Helder José Antunes.
Este luso descendente sublinha também que o consulado português em Caracas “não dá saída a tantos portugueses que querem vir para cá e algumas organizações que sabem o que se está a passar estão a enviar medicamentos, comida”.
Helder José Antunes refere neste contexto que há muitos portugueses com documentos caducados “e querem renová-los, mas “isso é muito difícil”.
Este luso-descendente espera que “o governo português ajude as pessoas de mais idade que não têm dinheiro para pagar as passagens, e pessoas que tenham baixos recursos que queiram voltar para casa, aqui em Portugal”.
Ainda ao portal da Santa Sé, Helder José Antunes destaca os apelos do Papa Francisco a favor dos refugiados e migrantes.
“São muito bons. O Papa Francisco ajuda muitos os refugiados. É muito grato saber que é uma boa pessoa que ajuda muito os emigrantes”, reafirma este luso-descendente ligado ao JRS na capital portuguesa que espera e agradece a ajuda que o Papa possa dar a favor dos portugueses na Venezuela.
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