Venezuela: Situação dos luso-descendentes preocupa JRS/Portugal
Domingos Pinto - Lisboa
“O que é que Portugal está a fazer para minorar este sofrimento?” - É a grande interrogação que o diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados/Portugal lança aos responsáveis políticos portugueses a propósito da situação na Venezuela.
“Uma situação de calamidade humanitária, de crise humanitária”, sublinha André Costa Jorge que está preocupado com a situação dos emigrantes portugueses e luso descendentes naquele país e que não têm condições, na maioria dos casos, para regressar a Portugal.
Aquele responsável considera que “deve haver um esforço do Estado, do governo português para garantir acolhimento aos refugiados, mas que se possa falar abertamente sobre o que se está a passar na Venezuela”.
Já em relação à posição do JRS sobre esta situação, André Costa Jorge entende que é preciso “alertar as autoridades portuguesas para que haja uma ação concreta de proteção aos venezuelanos, sejam luso-descendentes ou não sejam lusodescendentes.”
Neste sentido o diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados/Portugal espera já para o início de setembro uma tomada de posição pública sobre este assunto no quadro das organizações que integram a Plataforma de Apoio aos Refugiados.
“Não podemos porventura acolher ou atender a todas as situações, mas devemos fazer um esforço de os países, concretamente europeus, de forma concertada, poderem dar um contributo internacional para que se reduzam as mortes e a situação de precaridade onde ela se encontre”.
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