"Acolher bem é evangelizar"
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Dom José Altevir da Silva foi escolhido pelo Papa como bispo de Cametá (PA) em setembro de 2017. Naquela época, o amazônida de Guajará (AM) era o Superior provincial da Congregação do Espírito Santo, sediada em São Paulo. Ao longo de seus 56 anos, teve também passagens por Cruzeiro do Sul (AC), Distrito Federal, Nigéria, Contagem (MG), Rio de Janeiro e Vilhena (RO).
Em Roma para participar de um curso de formação, na última semana, o bispo recebeu a reportagem do Vatican News e ressaltou algumas características do povo amazônico e de sua cultura que podem facilitar o anúncio do Evangelho: acolhida, religiosidade e a capacidade de fazer perdurar o efeito eucarístico.
“Os Povos amazônicos têm características que de antemão vivenciam o Evangelho. Entre elas, destaco a acolhida. Acolher bem é evangelizar".
Dom Altevir lembra um episódio do livro “Juruá, um rio que chora”, do Padre João, espiritano, conhecido como Padre Joãozinho:
Uma senhora que dizia: aqui a gente adoece e fica boa com a água do rio e a graça de Deus.
Na ajuda, os vizinhos Ajuda são os vizinhos estão próximos. Demonstram o ‘estar para o outro’.
“Outra característica é a religiosidade, muito profunda. Quando os/as missionários/as faltavam, pela distância, eles tinham seu próprio jeito de rezar, uma conversa com a nossa Mãe, Maria, com o Deus da vida, por causa da necessidade”.
“Outro ponto dos povos amazônicos em relação ao Evangelho é a duração do efeito eucarístico. Muitas recebem a Eucaristia uma vez ao ano, mas têm a prática eucaristia que dura o ano inteiro”.
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