JMJ: é possível continuar a sonhar com um novo mundo e uma Igreja renovada, diz Dom Ulloa
Alessandro Gisotti - Cidade do Vaticano
A Jornada Mundial da Juventude no Panamá será uma ocasião para uma renovação da fé em toda a América Central. Disto está convencido o arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, que na terça-feira, 4 - acompanhado por uma delegação formada por membros da Igreja e do Estado panamenho, envolvidos na organização da JMJ - reuniu-se com expoentes do Dicastério para as Comunicações. Na ocasião, o prefeito Paolo Ruffini recebeu uma cruz da JMJ.
Em entrevista ao Vatican News, Dom Ulloa compartilha antes de tudo o espírito com que a população do Panamá, e sobretudo os jovens, aguarda o Papa Francisco e os jovens de todo o mundo, que em janeiro chegarão na América Central para a terceira JMJ do Papa Francisco:
R. - Nós panamenhos estamos nos preparando para duas grandes realidades. Em primeiro lugar, estamos abrindo as portas das nossas casas para que nossas famílias possam viver a experiência de descobrir em cada peregrino que chega, o próprio Jesus. Também estamos preparando toda a infraestrutura para acomodar os milhares e milhares de peregrinos que virão de mais de 190 países dos 5 continentes. No entanto, penso que a coisa mais importante – no período do anúncio no início da Jornada Mundial da Juventude - é que nos preparemos de uma maneira espiritual, vivendo o encontro com Jesus e redescobrindo quem somos como Igreja e o que podemos oferecer a tantos irmãos que virão reunir-se no Panamá durante os dias da JMJ.
P. - Qual é a expectativa das pessoas no Panamá e especialmente dos jovens para este grande evento?
R. - A grande expectativa é que se enriqueçam espiritualmente e, ao mesmo tempo, enriqueçam os irmãos que virão. O que vivemos nesta alegre espera é poder compartilhar realmente os mesmos ideais, o mesmo sonho, e ver que é possível continuar a sonhar com um novo mundo e uma Igreja renovada! Estamos colocando uma grande ênfase nos pontos de união entre nós e os jovens e identificamos três pilares: o poder descobrir a importância de preservar e cuidar da casa comum, a presença de Maria em nossas vidas e o discernimento para entender o que Deus pede a cada um de nós.
P. - O que a JMJ do Panamá, a Igreja da América Central, poderá oferecer aos jovens?
R. - O que a Igreja do Panamá e da América Central pode dar aos peregrinos é simplicidade, alegria, confiança. Nós também podemos testemunhar aos jovens que virão de diferentes continentes qual tem sido o caminho da nossa Igreja da América Central. Uma Igreja que experimentou também o sofrimento e o martírio e que, como expoente máximo, tem Dom Óscar Arnulfo Romero, que não pertence somente a El Salvador ou à América Central, mas é um exemplo para toda a Igreja universal.
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