Pontificado de Francisco é “Luminoso”

Domingos Pinto – Lisboa

“É um serviço, como tudo que na igreja acontece” - é a reação ao portal da Santa Sé do padre José Manuel Pereira de Almeida à sua nomeação para vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.

Médico de formação e especialista em Anatomia Patológica, o novo vice-reitor foi nomeado no passado dia 13 de setembro, preenchendo assim a vaga deixada pelo agora arcebispo D. José Tolentino Mendonça, que seguiu para Roma para dirigir a Biblioteca e Arquivos do Vaticano.

O decreto, assinado por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e magno chanceler da UCP, refere também a nomeação do professor auxiliar da Faculdade de Direito, Fernando Augusto de Sousa Ferreira Pinto, que integra também a equipa reitoral.

O padre José Manuel Pereira de Almeida, que será responsável pelos Assuntos Pastorais, Ética e Responsabilidade Social da UCP, é sacerdote desde 1986, no Patriarcado de Lisboa, assistente da Comissão Nacional Justiça e Paz e da Cáritas Portuguesa e secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

Doutorado em Teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), o sacerdote é o responsável pela paróquia de Santa Isabel, na capital portuguesa, e leciona Ética Social Cristã e Teologia Moral Social na Faculdade de Teologia e Doutrina Social da Igreja no Instituto de Estudos Políticos.

Para o padre José Manuel Pereira de Almeida, a UCP “é uma universidade que se tem imposto pela qualidade do seu ensino, da sua investigação”, uma instituição “como serviço não só de conhecimento, mas também de proximidade aos mais pobres e aos mais pobres dos pobres, à maneira que o Papa Francisco tem sublinhado como opção preferencial da igreja”.

O novo vice-reitor que pretende “ser uma voz dos estudantes “, destaca o pontificado de Francisco, “um Pontificado Luminoso” e que “tem sido muito desinstalador das nossas rotinas e dos nossos hábitos”.

Já sobre os casos de abuso de menores que têm abalado a igreja, o sacerdote diz que são” crimes horríveis, são situações que nos causam pena e  tomáramos nós que eles não tivessem acontecido.”

“Uma vez tomando conhecimento, têm de ser tratados como crimes que são, sem esconder, e colaborando o melhor que podemos com a justiça”, precisa o novo vice-reitor da «Católica” que considera que estas situações também “têm servido para ataque pessoal ao papa de facões extremistas e anti-Vaticano II”.

“A Universidade Católica manifesta claramente o seu apoio ao Papa Francisco. É óbvio, em todas as circunstâncias, e pretende contribuir para o esclarecimento destas situações”, reafirma ainda o padre José Manuel Pereira de Almeida.