Beatificações na Argélia: sinal de fraternidade e profundo significado
Tiziana Campisi - Cidade do Vaticano
"A celebração em Oran da beatificação de Dom Pierre Claverie, dos sete monges de Tibhirine e onze religiosos e religiosas, é um acontecimento absolutamente inédito, não somente na Argélia, mas também na história da Igreja Católica. Espero poder deixar um grande sinal de fraternidade no céu de Oran para todo o mundo".
Este é o desejo do bispo de Oran, Dom Jean-Paul Vesco, entrevistado pelo jornal El Watan. O prelado explica que a escolha de sua diocese como lugar onde em 8 de dezembro, na Basílica de Notre-Dame de Santa Cruz, será realizada a cerimônia presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, é acima de tudo formal, já que entre os 19 mártires está Dom Claverie, que era o bispo de Oran.
Mas há também outra motivação: Dom Claverie foi morto na noite de 1º de agosto de 1996 por uma bomba que explodiu diante do sede bispado.
"Seu sangue se misturou com o de um jovem muçulmano de Sidi Bel Abbès, Mohamed Bouchikhi", seu motorista. Este sinal, para Dom Vesco é cheio de significado, o que é sublinhado pelo fato de que as beatificações serão realizadas em Oran”.
“Os bispos da Argélia – explicou Dom Vesco - realmente queriam poder viver a beatificação no país, também para recordar o desejo desses 19 membros da Igreja de permanecer na Argélia, ao lado do povo argelino – que eles amavam e eram amados por ele - ao custo das próprias vidas”.
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