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Ministra da Defesa alemã Ursula von der Leyen, comemora em 16 de dezembro o Natal antecipado com soldados no Campo Marmal, em Mazar-i-Sharif, norte do Afeganistão Ministra da Defesa alemã Ursula von der Leyen, comemora em 16 de dezembro o Natal antecipado com soldados no Campo Marmal, em Mazar-i-Sharif, norte do Afeganistão 

Como os cristãos vivem o Natal no Afeganistão

A presença de religiosos cristãos em território afegão está ligada exclusivamente às realidades caritativa ou militar, informa o barnabita Fides padre Giovanni Scalese. Por questõs de segurança, o anúncio do nascimento de Jesus com o canto da Kalenda e a Missa, são celebrados no entardecer.

Cidade do Vaticano

"Vivendo imersos em um ambiente como o do Afeganistão, se sente a necessidade, às vezes, de estar juntos, rezar, compartilhar pensamentos, alimentar relações fraternas: o período de festas exacerba essa necessidade e favorece a sua concretização. É por isso que, nos dias que se seguem ao Natal,  os religiosos deste país se encontram, não somente para rezar juntos, mas também para passar algumas horas de paz e de partilha". É o que revela à Agência Fides padre Giovanni Scalese, religioso Barnabita titular da da Missio sui iuris do Afeganistão.

A única paróquia do país

A presença de religiosos cristãos em território afegão está ligada exclusivamente às realidades caritativa ou militar. Trata-se, de fato, de missionários comprometidos em iniciativas humanitárias em que é proibido desenvolver atividades de evangelização, ou de capelães militares, "sempre insuficientes em relação  às necessidades", diz o Barnabita.

A única paróquia católica no Afeganistão está localizada dentro da embaixada italiana em Cabul e é frequentada por cerca de cem pessoas, quase que exclusivamente membros da comunidade diplomática internacional.

A simplicidade da oração

"Como essa pequena comunidade se prepara para o Natal? Na simplicidade. Começamos a nossa preparação já no final de novembro, com a celebração da novena na Imaculada, em 2 de dezembro. Abençoamos a coroa do Advento e acendemos sua primeira vela, para dar início ao tempo especial de preparação para a vinda de Cristo. No domingo, 16 de dezembro, acendemos a árvore de Natal em frente à igreja e iniciamos a tradicional novena, aguardando o nascimento de Jesus ", relata padre Scalese.

As celebrações programadas

O desenvolvimento das  liturgias católicas é afetado pelas fortes tensões de um país em guerra há 40 anos. De fato, o Barnabita explica que "no dia 24 de dezembro será anunciada a Natividade com o canto da Kalenda e, durante a Missa da Véspera, será abençoado o Presépio.  Mas tudo isso acontecerá no final da tarde, pois não é possível, por razões de segurança, celebrar à noite".

Missa na base da OTAN

No dia de Natal, a Santa Missa e Bênção Apostólica serão celebradas na base da OTAN e na Igreja da Missão: "Provavelmente haverá uma participação de fiéis mais numerosos do que o normal: as festividades, de fato, representam uma oportunidade de oração também para aqueles que dificilmente participam da vida da igreja durante o resto do ano", conclui o Barnabita.

No Afeganistão, a Constituição de 2004 define o país uma "República Islâmica", enquanto o Artigo 2 da Carta garante aos não-muçulmanos o direito de exercer livremente a sua religião, nos limites legais existentes.

As obras de caridade da Igreja

Até 2016, viviam na capital afegã as Pequenas Irmãs de Charles de Foucauld. Em obras sociais e educativas iniciadas no país estão comprometidos também os jesuítas indianos do Serviço Jesuíta para os Refugiados e outras organizações de inspiração cristã. (Agência Fides)

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20 dezembro 2018, 12:01