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"O testemunho dos que conseguiram se livrar da dependência também ajuda, além da vivência do Evangelho, que os torna livres e felizes. É bonito de se ver”, diz frei Hans "O testemunho dos que conseguiram se livrar da dependência também ajuda, além da vivência do Evangelho, que os torna livres e felizes. É bonito de se ver”, diz frei Hans 

Fazenda da Esperança: como sair dos vícios por meio do amor

Frei Hans participou do Simpósio "Drogas e vícios: um obstáculo ao desenvolvimento humano integral", que realizou-se na Sala Nova do Sínodo de 29 de novembro a 1º de dezembro, organizado pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

Manuela Castro – Cidade do Vaticano

Uma experiência brasileira que serve de exemplo para o mundo. O fundador da Fazenda da Esperança, frei Hans Stapel, veio ao Vaticano para dar testemunho do seu trabalho com pessoas viciadas, num encontro sobre drogas e outras dependências. O frei também teve um encontro com o Papa Francisco. “Foi um evento muito bom, com mais de 500 participantes de 80 países. Esse contato é muito enriquecedor. Fomos ainda recebidos pelo Santo Padre, que fez questão de cumprimentar a todos pessoalmente”, afirmou o fundador.

Frei Hans disse que o principal objetivo de seu testemunho no Vaticano sobre os dependentes é trazer a certeza de que existe recuperação. “O homem foi feito a imagem e semelhança de Deus e Ele é amor. Aprender a amar recupera e nos faz livres de todos os vícios. O desamor leva ao buraco. Um jovem que sofreu abuso sexual muitas vezes se desespera e entra nas drogas. Só o amor pode libertar. Então ele precisa viver e trabalhar forte encima da capacidade de perdoar, que não é fácil, custa, mas com isso vai crescer, ficar livre e feliz”, explicou frei Hans.

Com 35 anos de experiência na recuperação de dependentes, a Fazenda da Esperança é uma comunidade terapêutica, a maior da América Latina, que regenera pessoas com todos os tipos de vícios, das drogas e álcool a internet ou sexo. Ao todo, são 139 unidades espalhadas em 23 países, que acolhem atualmente mais de 3 mil jovens.

“Nosso trabalho é muito simples. A recuperação se baseia num tripé: a espiritualidade, que é a vivência da palavra concretamente todos os dias; o trabalho, porque é importante que todos vivam do trabalho e sejam auto-suficientes, e a convivência, pois moram em pequenas comunidades, juntos, para viver a experiência da família”, disse frei Hans. “Viver em grupo ajuda um ao outro. O testemunho dos que conseguiram se livrar da dependência também ajuda, além da vivência do Evangelho, que os torna livres e felizes. É bonito de se ver”, concluiu frei Hans.

Ouça a entrevista do religioso a Raimundo Lima:

Entrevista com frei Hans Stapel

 

 

 

 

 

 

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19 dezembro 2018, 13:54