Bispos: cortes a recursos aumentam a miséria na Palestina
Cidade do Vaticano
A condição de “miséria” em que vivem as populações palestinas nos territórios ocupados por Israel “foi agravada pelos cortes drásticos aos financiamentos humanitários por parte do governo estadunidense”. Foi o que constataram os bispos da “Coordenação Terra Santa” que dias atrás realizaram sua tradicional peregrinação anual nas terras onde se desenvolveu a vida terrena de Cristo.
Violações não podem ser ignoradas e toleradas
Este ano a delegação esteve formada por 15 bispos provenientes da Europa, Canadá, EUA e África do Sul, e foi conduzida pelo bispo de Clifton, na Inglaterra, e atual presidente da Coordenação, Dom Declan Lang.
“A assistência à saúde, a educação e outros serviços de base para os refugiados estão cada vez mais ameaçados, agravando assim as persistentes violações da fundamental dignidade humana deles. Isso não pode ser ignorado ou tolerado”, lê-se no comunicado final subscrito pelos bispos da Coordenação na conclusão de sua visita.
Cristãos israelenses discriminados e marginalizados
No texto, os bispos dirigem aos respectivos governos o pedido concreto a “contribuir para preencher as lacunas de financiamento que a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) enfrenta, e a redobrar os esforços por uma solução diplomática, com dois Estados soberanos democráticos de Israel e Palestina em paz”.
Em relação à condição das comunidades cristãs em Israel, os bispos da Coordenação constataram que “os cristãos israelenses desejam viver plenamente como cidadãos, com o reconhecimento de seus direitos numa sociedade plural e democrática”, mas, ao mesmo tempo, muitos deles “se encontram sistematicamente discriminados e marginalizados”.
Lei do Estado-Nacional israelense cria base constitucional e jurídica para a discriminação
Em particular, os bispos da Coordenação Terra Santa registraram as preocupações difusas no seio das comunidades cristãs locais em relação à lei do Estado-Nacional aprovada pelo Parlamento israelense.
Os líderes cristãos locais afirmaram que esta cria uma verdadeira “base constitucional e jurídica para a discriminação” contra as minorias, lê-se no comunicado que se fez chegar à agência missionária Fides.
(Fides)
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